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90% dos bebês podem vir a sofrer de prisão de ventre, saiba o que fazer quando isso acontecer

Tempo de Leitura: 8 minutos
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Mom talks and laughs with her newborn son at home bedroom.

Ver nosso bebê evacuando normalmente traz um grande alívio, não é mesmo?

O intestino do bebê é mais frágil e requer muito mais atenção que o de um adulto, principalmente porque ele está em um período de transformação constante. Portanto, problemas como intestino preso, fezes ressecadas e gases são muito mais frequentes nos primeiros meses de vida.

Claro que cada criança é única e o intestino também funciona de forma diferente, por isso o melhor a fazer é observar e analisar antes de se preocupar realmente.

Neste artigo vamos falar um pouco mais sobre esses probleminhas intestinais, como evitar e como aliviar esse incômodo que atinge cerca de 90% dos bebês.

E para tirarmos todas as dúvidas de vez sobre o assunto, chamamos a Nutricionista Materno Infantil, Gysele Vilela, para nos ajudar.

Vamos lá?

Infelizmente nem sempre podemos prever quais os alimentos que vão deixar os pequenos melhores ou piores em relação a constipação, mas podemos ter noção do que pode ser bom ou ruim.

De acordo com a dra. Gysele Vilela, bebês que se alimentam somente de leite materno podem ter períodos de até 7 dias sem evacuação, sem que isso seja prejudicial para eles. Quer dizer que ele está aproveitando integralmente o leite materno, por isso nem se considera como diagnóstico de constipação.

O que a mãe come interfere no leite materno; porém, geralmente, não é o ocasiona a constipação no bebê. O que mais vemos é o que a mãe consome acabar soltando o intestino do bebê, como mães que consomem muita ameixa. Outras podem acabar consumindo muita cafeína, presente em cafés, achocolatados, chás e refrigerantes, sem moderação, que normalmente irritam o bebê por serem alimentos estimulantes, mas não são causadores das cólicas.

O bebê que for alérgico a algo que a mãe consumiu pode desenvolver diversas reações, se ele tiver alergia à proteína do leite de vaca (mais conhecida como APLV) pode ser a causa da constipação.

De acordo com a dra. Gysele, “constipação não é apenas ficar sem evacuar, que é o que acontece com os bebês em AME (aleitamento materno exclusivo), esses bebês podem demorar a fazer, mas fazem um cocô característico da idade (amolecido, amarelo e de cheiro suave). Se o bebê em AME não estiver com evacuação característica é preciso investigar a causa junto ao pediatra”.

Complementa ainda que “constipação envolve, além da demora a evacuar, a consistência endurecida das fezes, formato calibroso ou em cíbalos (bolinhas), dor ao fazer, muita força para evacuar e até mesmo fissuras anais por fezes calibrosas. Por isso, constipação é mais comum se ver em bebês que não estão mais em AME ou que já comem outros alimentos”.

E os bebês que se alimentam de fórmulas, costumam ter mais constipação mesmo?

A dra. Gysele explica que os bebês que recebem fórmulas exclusivamente ou complementam o leite materno com fórmula já é diferente.

“Como o intestino do bebê ainda não é maduro o suficiente, pode ter dificuldade de digerir a fórmula e responder apresentando constipação. Para esses casos, se possível, mantenha só o leite materno, que é rico em prebióticos e probióticos que favorecem o equilíbrio da flora intestinal”, explica Gysele.

O conselho que a nutricionista dá é que “se não for possível ficar sem fórmula, consulte um pediatra ou nutricionista, para indicar fórmulas com adição de prebióticos. Nenhuma fórmula tem probióticos, bebês que utilizam apenas fórmula, podem estar em desequilíbrio intestinal por falta de probióticos, por isso é importante a suplementação de probiótico para o bebê alimentado com fórmula”.

Gysele completa que se essas medidas não forem suficientes, existem fórmulas com a proteína parcialmente hidrolisada, que podem ser uma opção para facilitar a digestão, mas sempre sob orientação de médico ou nutricionista. Diz ainda que se nada adiantar, é importante investigar a possibilidade de ser APLV, porque constipação pode ser um dos sintomas, como falado anteriormente.

Não esqueça de usar sempre as medidas certas na hora de preparar o leitinho do seu bebê. Muitas vezes as mães, pensando que o leite ficará mais “forte” e que dará mais “sustância” ao bebê, colocam menos água que o indicado e pode prejudicar ainda mais o intestino preso do seu bebê.

Intercale as mamadas com suquinho que resolve. Será??

A dra. Gysele lembra que antes dos 6 meses não está recomendada a oferta de nenhum alimento, suco, água ou chá, mesmo em casos de constipação. O bebê pode ficar em aleitamento exclusivo, seja por leite materno ou fórmula. O que é preciso fazer é investigar as causas, se estiver em AME, talvez seja somente a demora para evacuar, e se estiver em fórmula, adequar o tipo de leite para o bebê e suplementar probióticos.

E a água, onde entra?

A Dra. Gysele lembra que, após a introdução alimentar, uma das mais comuns é a baixa ingestão de água, por isso, ao iniciar a introdução dos alimentos, também inicie a oferta de água.

Como cada criança tem uma necessidade hídrica, para saber se seu filho está bebendo água adequadamente é preciso estar fazendo xixi clarinho, evacuando todos os dias sem ressecamento e estar com a pele hidratada.

“A água é importante para hidratar as fibras dos alimentos, se consumir fibras sem tomar água constipa mesmo”, explica.

Mas, a prisão de ventre em crianças maiorzinhas normalmente está ligada à alimentação inadequada, como veremos a seguir.

Alimentos que provocam prisão de ventre

Quando a criança come muitos doces, salgadinhos, refrigerantes, alimentos refinados e não comem frutas, legumes e verduras, faltam fontes de fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino, podendo causar constipação.

De acordo com a nutricionista Gysele, em casos de prisão de ventre, procure evitar os alimentos que são mais constipantes como:

  • Maçã sem casca;
  • Caju;
  • Goiaba;
  • Alimentos com poucas fibras, como: batatas, tapioca, farinhas para mingau, féculas, amido de milho.

Alimentos que ajudam a não ter prisão de ventre

Já sabemos o que devemos evitar para que o nosso filho não sofra de prisão de ventre, agora vamos ver o que ele deve comer para que isso não aconteça.

O princípio de tudo é que a alimentação seja saudável, rica em fibras, pois são elas que promovem o bom funcionamento do intestino. As fibras ajudam a aumentar o volume do bolo fecal, estimulando movimentos peristálticos (aqueles que empurram as fezes).

Também, de acordo com a nutricionista, procure acrescentar na dieta do seu filho, alimentos como:

  • Mamão;
  • Ameixa fresca;
  • Ameixa seca;
  • Kiwi;
  • Banana nanica bem madura;
  • Laranja;
  • Abacate;
  • Uvas.

Mas o que fazer quando o intestino da sua criança fica preso?

A nutricionista materno infantil, Gysele Vilela, lista algumas dicas práticas para te auxiliar com esse incômodo:

  • Favorecer o consumo de água, tomando sempre na frente do bebê para ele pedir, mudar para copo de canudo assim que estiver apto a sugar e deixar seu copinho sempre perto dele para tomar sozinho.
  • Não esquecer de colocar azeite às refeições, o intestino também pode estar preso por falta de lubrificação, o azeite age como lubrificante do intestino.
  • Evitar os alimentos constipantes, em especial as farinhas que nem precisam estar na rotina alimentar antes de 1 ano (atenção à introdução de mingaus). Até 1 ano, dê preferência para comida de verdade, o mais natural possível, sem preparações elaboradas ou industrializados.
  • Oferecer mais alimentos laxativos e, nesse caso, pode até oferecer um papa de 1 fatia de mamão com 2 ameixas secas hidratadas, 1 laranja espremida e colher de café de chia.
  • Sejam bem relutantes a usar medicamentos laxativos, tentem todas as formas naturais de alimentação e as mudanças comportamentais antes de qualquer medicação. Um intestino constipado está alertando que algo está errado e precisa ser mudado. Iniciar uso de laxante não trata a causa e só atrapalha o funcionamento intestinal autônomo. Sob orientação médica, às vezes pode ser necessário como medida imediata de alívio, mas nunca como tratamento contínuo.
  • Estimular que o bebê seja ativo! Se já engatinha ou anda deixe bastante tempo solto para se movimentar. Se ainda não engatinha pode auxiliar fazendo movimentos de pedalar com as perninhas do bebê. O movimento das pernas contribui muito para o funcionamento intestinal.
  • E por último, e não menos importante, tratem o ato de fazer cocô com respeito, como um evento rotineiro e importante ao bebê, não precisam fazer festa e nem maldizer o cocô, apenas o encoraje a fazer e respeitem seu momento. As emoções também estão relacionadas com o ato. É comum ver crianças que “seguram” o cocô por vergonha da exposição a que são colocadas ou por medo de sentir dor novamente.

Receitinha natural para bebês já em introdução alimentar

Ferva 1 ameixa seca na água para fazer um chazinho. Depois, coloque na geladeira por uma noite. Evite dar a ameixa para o seu filho comer, pois ingeri-la não funciona em todos os casos, o chá é bem mais eficiente e mais fácil de ser ingerido pelas crianças.

Você pode dar esse chazinho sempre que for preciso, mas evite dar todos os dias.

Se você perceber que não está adiantando, o melhor a fazer é procurar um médico ou nutricionista, que irá te orientar da melhor forma para que você se bebê pare de sofrer.

Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador. 

Divulgado em:  Blog Mãe Nota 10, por Guta Antonangelo, com colaboração de: Gysele Vilela – Nutricionista Materno Infantil CRN3 29251

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