A prática de tomar banho com os filhos é bastante comum nos primeiros anos de vida da criança. Mas é natural que os pais tenham algumas dúvidas sobre como se portar nesse momento. Será que é o ideal compartilhar os minutos no chuveiro com os pequenos? Segundo a psicoterapeuta Maura de Albanesi, não há problema algum.
“Tomar banho com os filhos pode até ser uma atividade lúdica, com a banheira e os brinquedos ao redor”, indica. Principalmente porque, entre os três e os quatro anos de idade, a criança ainda não consegue notar as diferenças no corpo dos meninos e das meninas. A partir dos cinco anos, porém, ela começa a percebê-las.
Até quando tomar banho com os filhos?
Conforme explica Maura, os banhos em família devem ser menos frequentes a partir dos cinco anos, pois é quando a criança entra na fase do Complexo de Édipo, em que, no caso dos meninos, seu primeiro amor é a mãe – e ele demonstra maior preferência por ela. Assim como, com as meninas, há tendência de uma maior identificação com o pai.
“Eu diria que a melhor idade seria até os quatro anos. A partir daí, já não há mais necessidade de brincar dessa maneira. Mas isso não significa que será proibida a nudez dos pais e dos filhos pequenos pela casa. Só que tudo precisa ser normal e natural. Se os pais não se sentem à vontade com essa situação, também não há problema algum”, detalha.
Dicas para a hora do banho com os filhos
Inicialmente, para quem deseja aderir ou já é adepto do banho com os filhos, Mauro traz algumas dicas que podem tornar o momento ainda mais sadio e agradável. “Nesses banhos, é legal que o casal participe com os filhos e que eles sejam uma forma de reunião familiar”, informa a psicoterapeuta.
Segundo ela, isso ajuda a proporcionar naturalidade ao momento. Os pais devem se sentir à vontade com essa situação. Do contrário, o melhor é evitar a prática. É comum também que surjam curiosidades por parte dos pequenos na hora do banho.
Nesse caso, a especialista explica que o indicado é esperar o filho perguntar e responder com a verdade e de forma natural. Ou seja, não há necessidade de iniciar o assunto, mas ele não deve ser desviado, caso a pergunta apareça.
“Então, se o seu filho questionar algo em relação ao corpo dos meninos e meninas, basta explicar e dizer que são esses aspectos que diferenciam um homem e uma mulher”, expõe. Depois, não é necessário se aprofundar mais sobre o tema.
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