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Meu filho está com molusco contagioso e agora?

Tempo de Leitura: 3 minutos
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molusco-contagioso

O molusco contagioso consiste em uma infecção viral cutânea, causada por um vírus pertencente à família dos poxvírus, um microorganismo da família da varíola.

Frequente na infância, caracteriza-se pelo aparecimento de múltiplas lesões na pele, produzindo lesões papulosas, como uma bolinha redonda de 1 a 5 mm, de cor da pele com uma depressão ou umbilicação central. São mais observadas na face, no tronco e nas extremidades em crianças e no púbis, pênis ou vulva nos adultos.

A doença possui fácil disseminação e pode levar a uma infecção crônica localizada. Não se trata de um problema grave e por isso não há motivos para grandes preocupações. Contudo, devido à altíssima transmissibilidade viral, alguns cuidados devem ser tomados.

A transmissão ocorre por contato direto com outros indivíduos infectados podendo ser auto inoculáveis, ou seja, podem se disseminar pela pele através do contato das lesões com as áreas não atingidas. Além disso, a infecção pode também ser transmitida pelo uso de esponjas, toalha de banho, roupas de cama e brinquedos contaminados.

O imunocomprometimento e doenças de pele subjacentes, particularmente a dermatite atópica, aumentam o risco de infecção por molusco.

As lesões irão surgir de 14 dias a 6 meses após a exposição. É uma doença autolimitada, tendo regressão espontânea em alguns meses.

O diagnóstico é clínico, feito através da observação da morfologia das lesões, não é necessário nenhum exame adicional, porém em caso de dúvidas, o material pode ser enviado ao patologista para análise microscópica.

O tratamento é por razões estéticas ou para prevenir a disseminação e pode ser feito de várias maneiras através da remoção física por curetagem das lesões e crioterapia com nitrogênio líquido ou através de irritantes tópicos por exemplo ácido tricloroacético, associação de ácido salicílico e ácido lático, hidróxido de potássio ou também com o uso de um imunomodulador chamado imiquimode, essa medicação atua estimulando o sistema imune, que passa a atacar as células virais.

Caso as lesões não sejam tratadas, elas tendem a involuir espontaneamente com o decorrer do tempo.

O diagnóstico diferencial seria basicamente a exclusão de outras patologias semelhantes, no caso do molusco contagioso, devem ser excluídas principalmente foliculites, milium e verrugas.

As crianças podem continuar frequentando escolas ou creches. No entanto, suas lesões devem ser cobertas para reduzir o risco de transmissão e disseminação.

Dra. Fernanda Módolo de Paula de Moura Campos
Médica Dermatologista com título de Especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Dermatologia
CRM 120155
RQE 67162

femedmodolo@yahoo.com.br
@femodolo.dermato
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