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Outubro Rosa: Como a reconstrução de mama contribui para a autoestima da mulher?

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Outubro Rosa é o mês destinado a conscientização sobre a prevenção ao Câncer de Mama, que a cada ano atinge cerca de 60 mil brasileiras, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Mastologia. É importante ressaltar que uma em cada 8 mulheres pode ser diagnosticada dentro desse cenário, ao longo da vida.

O diagnóstico e tratamento do câncer de mama podem afetar diretamente na saúde mental da paciente. Um estudo do Observatório de Oncologia mostra isso, que mulher com a enfermidade têm de 10% a 25% de chance de desenvolver a depressão. Por isso, também é muito importante que a paciente tenha acompanhamento psicológico aliado ao tratamento. Claro, que varia de acordo com cada paciente. Mas definitivamente, quando se envolve uma equipe de cirurgia plástica visando a reconstrução mamária, o retorno psicológico gerado pela reconstrução é evidente.

Reconstrução mamária – a devolução da autoestima
A cirurgia de reconstrução mamária é considerada reparadora e tem por objetivo não só devolver o contorno mamário, mas também auxiliar na recuperação da autoestima das mulheres, sendo indicada após a mastectomia, em consequência ao tratamento do câncer. O procedimento cirúrgico leva em consideração a forma, tamanho e aparência da mama retirada, tudo para que o resultado da reconstrução seja o mais natural possível. A cirurgia pode ser realizada de forma imediata, no mesmo dia a própria cirurgia da mastectomia quando as condições clínicas forem favoráveis. Ou, ainda, no período de meses a anos depois, chamada de reconstrução tardia, quando houver a necessidade de algum tratamento ou confirmação diagnóstica que impeça a reconstrução imediata.

O câncer de mama pode atingir uma ou as duas mamas. Quando afeta somente uma, é necessário fazer mastectomia, é possível sim reconstruir apenas a mama atingida. O trabalho do cirurgião plástico é de suma importância, porque irá buscar o resultado que leve em consideração o aspecto, tamanho e a posição para chegar a uma aparência mais semelhante à da outra mama. Se a paciente desejar, também é possível optar pela cirurgia plástica na mama contralateral para um melhor resultado estético.

Atualmente temos diversos tipos de cirurgia para reconstrução mamária, sendo que a escolha é feita sempre entre cirurgião e paciente, pois varia de um caso para outro o tipo ideal de reconstrução, avaliando o histórico da paciente, idade, quadro pós-cirúrgico e profissão, pois o estilo de vida também é sempre levado em conta.

A cirurgia de pode ser realizada em pacientes com a retirada total ou parcial da mama. O tipo de procedimento escolhido varia de paciente para paciente, porém existem três que são mais comuns: os que utilizam implantes de silicone ou expansores teciduais, e os que usam tecido (pele, músculo, gordura) de outra região do corpo para criar uma nova mama, chamado de reconstrução autóloga, ou mesmo o misto que associa ambas as técnicas para deixar a mama com aspecto mais natural.

Recuperação
A recuperação é fator primordial para sucesso da cirurgia e todo tratamento. Mas esta pode variar entre as pacientes, pois será de acordo com o tipo de reconstrução realizada.

A mulher que passa pela reconstrução parcial ou que faz a reconstrução com implantes de silicone e ainda possui algum tecido mamário, pode desenvolver a amamentação na mama operada. Tudo depende da quantidade de tecido removido e o envolvimento do complexo aréolo-mamilar. Além é claro de se considerar viável a mama contralateral, se a mesma não tiver sido afetada. Todo o tratamento é resultado de extensa investigação da equipe multidisciplinar (mastologia, oncologista, cirurgião plástico, psicólogo, nutricionista), devendo ser conversado com a paciente sobre os riscos e benefícios de cada abordagem potencial.

Cada paciente reage de uma forma à notícia e ao pós-cirúrgico, pois a mama e sua estética trazem a simbologia de força, os seios são um símbolo feminino, então lidar com a ideia de retirada da mama mexe com a sexualidade, traz a preocupação materna e, sem dúvidas, abala a autoestima. Nesse ponto o cirurgião plástico é peça fundamental, pois realiza a cirurgia de reconstrução mamária, porém com ela conseguimos recuperar parte da autoestima e do sorriso da mulher. É emocionante encontrarmos a paciente e ver que ela se reconhece como mulher. A parte mais significativa do trabalho é ver a satisfação da paciente. É quando a mulher olha para a mama reconstruída e se sente inteira, com equilíbrio corporal. Ela volta a se reconhecer, se sente viva.


Colaboração: Dr. André Maranhão – Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Member of American Society of Plastic Surgery – ASPS. Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – CBC. Cirurgião Plástico do Hospital Copa D’or – Rede D’or (www.rededor.com.br).Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ. Residência Médica em Cirurgia Plástica no Instituto Nacional de Câncer – INCA. (www.inca.gov.br).Especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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