A respiração dos bebês é uma das principais preocupações dos pais, especialmente nos primeiros meses de vida, quando eles ainda estão aprendendo a reconhecer os padrões respiratórios normais do seu filho. A respiração dos bebês pode variar bastante, e é importante saber o que é considerado normal e o que pode ser um sinal de alerta. Aqui estão alguns pontos essenciais para ajudar os pais a identificarem uma respiração saudável no bebê.
1. Frequência respiratória (FR)
Os bebês têm uma frequência respiratória naturalmente mais rápida que os adultos. Um recém-nascido respira entre 30 e 60 vezes por minuto, e essa frequência diminui à medida que ele cresce. Para verificar se a respiração está dentro da normalidade, observe o peito do bebê subindo e descendo e conte quantas vezes isso acontece em um minuto. Se a contagem for consistentemente acima de 60 ou abaixo de 30 respirações por minuto, pode ser um sinal de que algo não está certo.
2. Movimentos respiratórios suaves e regulares
Em condições normais, os bebês respiram de forma suave, e o peito deve subir e descer de maneira regular. Se você notar que o bebê está fazendo muito esforço para respirar, com retrações no peito (afundamento das costelas ou na região do pescoço), isso pode ser um indicativo de desconforto respiratório. Outros sinais de esforço incluem as narinas se abrindo de maneira exagerada durante a respiração.
3. Ruídos respiratórios
A respiração dos bebês geralmente é silenciosa. No entanto, se o bebê fizer ruídos como chiado, ronco, ou se houver um som de dificuldade ao respirar, é importante ficar atento. Esses sons podem indicar obstruções ou outros problemas no sistema respiratório.
4. Cor da pele e lábios
A cor da pele também é um indicador importante da qualidade da respiração. O bebê deve estar com a pele rosada. Se a pele, os lábios ou as pontas dos dedos estiverem azulados, pode ser sinal de que o oxigênio não está circulando corretamente. Se notar essa mudança, procure um especialista.
5. Respiração periódica
Os recém-nascidos também apresentam um padrão respiratório chamado de “respiração periódica”, no qual eles param de respirar por alguns segundos e, em seguida, retomam de forma rápida. Isso é comum e não deve ser motivo de preocupação, a menos que a pausa dure mais de 10 segundos ou que o bebê pareça estar com dificuldade para retomar a respiração.
Quando buscar ajuda do especialista?
É fundamental que os pais fiquem atentos a sinais de alerta, como respiração muito rápida ou muito lenta, retrações no peito, chiados, ou mudanças na cor da pele. Se o bebê estiver apresentando qualquer um desses sintomas, ou se houver qualquer dúvida sobre a respiração, não hesite em buscar ajuda de um especialista.
A fisioterapia respiratória desempenha um papel crucial na prevenção e tratamento de uma respiração saudável nos bebês, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades respiratórias, como prematuridade, bronquiolite, ou doenças respiratórias crônicas. Ela não apenas auxilia na recuperação de problemas agudos, mas também atua de maneira preventiva, ajudando a evitar complicações que possam interferir na respiração normal do bebê.
A fisioterapia respiratória não se limita apenas às sessões com o bebê. Os pais também são orientados a reconhecer sinais de dificuldades respiratórias e a aplicar manobras simples em casa, como mudanças de posição que facilitam a respiração.
Fisioterapeuta, apaixonada pela área da fisioterapia respiratória, formada pela Universidade Metodista de Piracicaba.
Pós-graduada em Terapia intensiva, Fisioterapia Neurofuncional pediátrico e adulto, Cuidados Paliativos e Oncologia. Há 9 anos Reabilitando Vidas.
@drathaissoleira
