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Eu brincava de ser professora, médica e mãe

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Foto 1

Quando é que a menina se torna mulher e a mulher se torna mãe? E será que tem como separar as duas funções? 

Perguntei para algumas amigas em fases distintas da maternidade, se elas se sentiam mais mães ou mais mulheres?

“Eu me sinto mulher, uma das minhas funções é ser mãe, mas tenho outras também!” 

Kamila Martins, mãe da Angélica e Verônica.

“Ainda me sinto mais mulher. E quando eu penso sou mãe, dá aquele frio na barriga!”  

Mayara Oliveira, gestante. 

“Pergunta difícil, me sinto mais mãe, com certeza! As responsabilidades e compromissos de mãe fazem com que tenha menos tempo, mas não significa que não tenha, pois tenho uma rede de apoio ativa.”

Giovana Nasciben, mãe do Lucas e da Rafaela. 

“Mais mãe, muitas vezes abandono minha parte mulher em detrimento da parte mãe e avó principalmente.” 

Pérola Luiza, mãe e avó. 

Brincamos de ser mãe, mas não nos ensinam a ser uma mulher e mãe, a conciliar as duas coisas, viver as duas experiências concomitantemente, aprendemos fazendo e sendo. A cada década, a figura da mulher e da mãe se distanciam, não se vê como possível ser as duas coisas.

Você precisa se cuidar, trabalhar, produzir, dar resultados, alcançar o seu lugar, posição, ir além, ser bonita e autossuficiente. Será que é possível tudo isso e ainda ser mãe? O cenário atual é de muitas mulheres adiando o sonho ou projeto da maternidade, não veem como imaginável exercer tantas funções. 

O mês é da mulher e o que se espera é que a feminilidade leve à maternidade, que nós, seres sagrados, nascemos para gerar e cuidar, mas não, nem toda mulher nasce para ser mãe, mas toda mãe é uma mulher, uma pessoa que existe além dos frutos gerados. 

É preciso um despertar do olhar sobre as mulheres mães, que possam deixar de ser julgadas por “deixar” o seu filho na creche, por escolher trabalhar fora, por dividir em pé de igualdade de funções as atividades do cuidado da casa e dos filhos com o parceiro. 

Deixar de romantizar a perfeição da mulher que é mãe, deixar de atirar pedras naquela que não quer ser, mas materna em suas diferentes formas. É necessário extinguir do imaginário a função exclusiva da mulher, como o trabalho parental. Não é só a maternidade que define uma mulher feliz, mas é possível ser uma mulher feliz e mãe. 

Encontrar o caminho do equilíbrio só é possível com suporte de quem está próximo, então nesse dia da mulher, de a oportunidade da sua esposa, da sua mãe, se reencontrar como mulher, estar com outras mulheres, resgatar a mulher além da mãe, entender que ser mãe não é a nossa única identidade, mas parte dela.

Colaboradora: Isabella Stutz – Jornalista, criadora do projeto @papoemfamilia, casada, mãe atípica, de dois meninos de 6 e 14 anos, de Nova Friburgo – RJ – canalpapoemfamilia@gmail.com
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