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Rotinas de fisioterapia x maternidade atípica na infância

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Quando adentramos no mundo da atipicidade, mesmo sendo com a óptica profissional, é primordial deixarmos de lado os parâmetros aprendidos como típicos ou esperados para os diversos contextos de vida da criança; seja para o desenvolvimento global, para a aprendizagem, para a socialização, para a agenda e responsabilidades do dia e da semana, ou para o lazer. Dessa forma, ampliamos o olhar e as possibilidades para que crianças e famílias consigam seguir da melhor forma apesar de todos os desafios que chegam com os diagnósticos ou com a busca deles.

É válido lembrar que “maternidade atípica” é uma expressão utilizada para fazer menção a mães de crianças que apresentam transtornos de desenvolvimento e/ ou deficiência. As famílias, em especial, as mães que vivem essa realidade enfrentam rotinas diárias que incluem consultas com pediatras, neurologistas, ortopedistas, geneticistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, endocrinologistas, cardiologistas, e, às vezes, mais especialidades; além das realizações de exames. Geralmente, essas mesmas crianças possuem uma equipe de reabilitação com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e dentistas; e em casos de maior complexidade, incluem: acompanhantes terapêuticos (AT), psiquiatras, ortesistas, musicoterapeutas e neuropsicopedagogos. Esse é o cenário cotidiano de crianças com desenvolvimento atípico.

Fortalecimento de tronco e de membros, melhora postural, melhora das condições respiratórias, locomoção segura, e autonomia são as competências motoras mais almejadas em clínicas e consultórios de reabilitação infantil. Clareza familiar quanto aos objetivos terapêuticos da reabilitação é fundamental, visto que as aquisições de habilidades motoras são uma construção diária, e requerem além de atendimento em consultório, a participação ativa dos cuidadores em casa. Toda criança que possui um diagnóstico clínico que interfira no desenvolvimento global precisa de uma equipe multiprofissional acompanhando essa trajetória. Toda criança em condição de investigação clínica ou em quadro suspeito de atipicidade, precisa ao menos de avaliação de desenvolvimento com um fisioterapeuta.

Sabem por que é imprescindível manter a rotina de fisioterapia? Manter a rotina de fisioterapia e reabilitação significa oferecer oportunidades de movimento que geram ganhos para todas as fases de vida que ela irá passar, além do reconhecimento da criança como cidadã. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2022, existem 18,6

milhões de pessoas (8,9%) com deficiência acima dos 2 anos de idade no Brasil. A maior parte das pessoas de 25 anos ou mais com deficiência não completaram a educação básica: 63,3% não têm instrução ou com o fundamental incompleto. Apenas 26,6% das pessoas com deficiência encontram espaço no mercado de trabalho. O nível de ocupação para o resto da população é de 60,7%.

De que forma essa responsabilidade pode ser amenizada? A melhor forma é o compartilhamento dessa responsabilidade com uma rede de apoio: parentes, amigos e terapeutas. Também é interessante conhecer de perto instituições públicas e organizações não governamentais (ONG) que apoiem a condição vivenciada; comumente, essas associações promovem eventos para pais, cursos, e acolhimento às famílias assistidas. Portanto, elas também formam uma excelente rede de apoio.

E por último, a adesão a alguma prática de autocuidado. Esporte, corrida, natação, tarde com amigas, massagem, yoga, dança, leitura e meditação são opções de práticas de autocuidado que podem ser inseridas por mães durante a semana para aliviar as sensações de peso e responsabilidade. Meu carinho, respeito e admiração a todas as mães que vivenciam a maternidade atípica.


Dra. Taciane Melo
Fisioterapeuta neuropediátrica, especializada em desenvolvimento de bebês,
Instrutora de Shantala,
Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN), Membro da La cause Des Bébés, associação francesa transdisciplinar de estudos e pesquisas sobre bebês, unidade Brasil.
Mentora de desenvolvimento infantil, atendimentos
online e presencial.
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