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A Importância da Ortostase em Crianças Neuroatípicas

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A ortostase, ou a capacidade de manter a posição em pé, é aspecto fundamental no desenvolvimento motor em crianças, especialmente em neuroatípicas que tenham

dificuldades de mobilidade devidas a condições como paralisia cerebral, distrofia muscular e outras deficiências motoras. Colocar essas crianças em pé precocemente é essencial para o desenvolvimento físico, emocional e social.

Benefícios da Ortostase Precoce

1. Desenvolvimento Muscular e Ósseo: A posição em pé ajuda a fortalecer os músculos das pernas e do tronco, promovendo desenvolvimento muscular equilibrado. Além disso, a carga sobre os ossos durante a ortostase estimula o crescimento ósseo saudável, reduzindo o risco de problemas como a osteoporose.

2. Melhoria do Equilíbrio e Coordenação: A prática da ortostase estimula o sistema vestibular e a propriocepção, essenciais para o desenvolvimento do equilíbrio e da coordenação motora, fatores fundamentais para a realização de atividades diárias, da autonomia e socialização da criança.

3. Aumento da Circulação Sanguínea: Manter-se em pé favorece a circulação vascular, ajudando a prevenir problemas como inchaço nas extremidades e promovendo melhor oxigenação dos tecidos.

4. Promoção da Independência: A capacidade de ficar em pé é um passo importante para a independência funcional: permite que as crianças realizem atividades diárias de forma mais autônoma, aumentando sua autoestima e confiança.

5. Interação Social: Estar em pé facilita a interação com outras crianças e adultos, facilitando a socialização e comunicação, aspectos essenciais para o bem-estar emocional.


Nos últimos anos, houve um aumento significativo da oferta de equipamentos com maior tecnologia e eficiência para auxiliar crianças neuroatípicas a se manterem em pé. Esses dispositivos são projetados para atender às necessidades de uso e ajustes, proporcionando maior suporte e segurança para o usuário, durante a ortostase.

Os estabilizadores ortostáticos são dispositivos que oferecem suporte ao tronco e aos membros inferiores, permitindo que a criança fique em pé de forma segura e confortável. São especialmente úteis para crianças que têm dificuldades significativas de controle postural. Esses equipamentos ajudam a manter a posição ereta, promovendo ativação muscular e consciência corporal. Além disso, podem ser ajustados para acomodar o crescimento, tornando-se ferramenta eficaz para a criança e especialmente valiosa para cuidador e familiares.

Os bipedestadores, por outro lado, são equipamentos que permitem que a criança fique em pé enquanto é apoiada por um sistema de suporte. São projetados para facilitar a transição da posição sentada ou deitada para a posição em pé, oferecendo suporte adicional e estabilidade. Os bipedestadores são ideais para crianças que precisam de mais assistência para manter a posição ereta, permitindo que elas participem de atividades em pé ou ao interagir com outras crianças, com bem menos ajuda e acompanhamento.

A principal diferença entre estabilizadores ortostáticos e bipedestadores reside no nível de suporte que cada um oferece. Enquanto os estabilizadores são mais focados em posicionar e manter a criança em pé, os bipedestadores proporcionam um suporte mais abrangente, permitindo que a criança se mova e interaja em diferentes ambientes. Ambos os dispositivos têm seus benefícios e podem ser utilizados de forma complementar, dependendo das necessidades específicas da criança.


A ortostase é uma parte essencial do desenvolvimento motor em crianças neuroatípicas. Colocar essas crianças em pé precocemente traz uma série de benefícios físicos, emocionais e sociais.  É desejável que profissionais de saúde, educadores e familiares trabalhem juntos para incentivar a ortostase, promovendo um ambiente que valorize e facilite essa prática. Investir na ortostase não é apenas uma questão de saúde física, mas também oportunidade de empoderar essas crianças, ajudando-as a desenvolver habilidades que serão fundamentais ao longo de suas vidas. Ao priorizar a ortostase, estamos contribuindo para um futuro inclusivo e promissor, onde as crianças, independentemente de suas condições, possam se sentir confiantes e capazes de alcançar seu pleno potencial.

Grace Mary Hoppe
Educadora Física e Fisioterapeuta, Conceito Neuroevolutivo Bobath e Pós-graduada em Fisioterapia Neurofuncional Infantil e Adulta
Juliana Pezzi
Fisioterapeuta com Especialização em Motricidade Infantil e Conceito Neuroevolutivo Bobath

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