Clique e acesse a edição digital

Glaucoma em bebês exige ação rápida

Tempo de Leitura: 4 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

A maior causa de cegueira em crianças pode ter origem até na união matrimonial entre parentes consangüíneos. O tratamento tem grandes chances de sucesso. Mas a displicência dos pais, nos primeiros meses de vida da criança, pode resultar na escuridão irreversível, a cegueira.
Em cada dez mil bebês, um é portador de glaucoma congênito. A gravidade do problema irreversível, que é associado aos níveis de pressão intra-ocular, quando não tratado em tempo, leva à cegueira infantil. A prevenção e o tratamento nos primeiros dias de vida é o único remédio para evitar que a criança carregue, para sempre, as dificuldades de uma séria deficiência de visão, uma escuridão irreversível, que poderia ser tratada.
Alguns fatores curiosos podem levar ao glaucoma congênito, relaciona a médica oftalmologista Larissa Pedroso, especialista nessa área no Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). Entre as causas, em mais de 50% dos casos diagnosticados, os bebês são filhos de uniões consangüíneas (entre parentes de primeiro e segundo graus). O problema também se manifesta em conseqüência de traumas como acidentes ou após uma cirurgia de catarata congênita. Nessas situações, Larissa alerta que a incidência é mais alta e exige a observação constante dos pais dessas crianças, pois o glaucoma aparece geralmente depois de três a cinco anos da realização da cirurgia.
“É muito mais freqüente do que se imagina a pressão ocular altíssima em crianças que usaram corticóides (cortisona), usados para o tratamento da asma, alergias de pele ou renites”, assinala acrescentando que alguns colírios também contém esse medicamento. Ocorre, segundo a oftalmologista que o corticóide promove dificuldade no escoamento do líquido interno do olho e eleva a pressão ocular.
Olho maior – “Quando a criança tem glaucoma, com o mínimo de atenção sobre ela, os pais notarão a existência de um problema”, observa a médica ao comentar que o olho da criança com glaucoma congênito é de tamanho maior do que o normal para a idade, por exemplo. Há crianças com seis meses de idade e com um olho que mede 25 mm quando o adulto tem em média 22 mm. O natural para um bebê nessa idade é ter um olho com até 20 mm, explica.
Outro aspecto que pode levar os pais a perceberem alterações sobre a visão do recém-nascido é a apresentação de intensa fotofobia, desconforto exagerado com a luminosidade. Há casos mais evidentes, de acordo com a oftalmologista do HOB, quando se torna visível uma coloração azulada e opaca nos olhos da criança.
Chance – “A chance de qualidade de visão da criança com glaucoma é o tratamento precoce”, salienta a médica lembrando que o primeiro exame de olhos deve ser feito até um mês de vida. O exame, nesta idade, consiste da análise do reflexo vermelho da retina, indolor. Em casos de dúvida, poderá ser complementado com dilatação da pupila para mapeamento de retina e medida da pressão ocular. “Em alguns estados do Brasil esse exame já se transformou em lei, é realizado no berçário, logo após o nascimento”, comenta.
Tratamento – De acordo com Larissa, o tratamento destina-se ao controle da pressão intra-ocular. “É cirúrgico e necessário nos primeiros dias de vida, ou assim que for confirmado. Depois, é complementado com aplicação de colírio para regular a pressão ocular”, esclarece. Até um ano e meio de idade a cirurgia que se chama trabeculotomia é a melhor chance de solução do problema. Consiste na abertura de um canal pré-existente na parte branca do olho (esclera) que se encontra obstruído e dificulta o escoamento natural do líquido intra-ocular gerando aumento de pressão. Após esta idade, ou diante da necessidade de novo tratamento, a cirurgia chama-se trabeculectomia ou implante válvulas de drenagem.
A médica adverte que após os três anos de idade vai se tornando mais difícil perceber a presença do glaucoma na criança, porque os sintomas ficam menos aparentes, o olho tem aspecto normal e a realização de exames de rotina é a melhor forma de evitar o agravamento do problema se ele existir.

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Assine

Para efetivação do processo de assinatura, escolha a opção desejada: RESIDENCIAL: Pessoas físicas e jurídicas para recebimento domiciliar. MÉDICOS: Se você for um profissional da

Leia Mais »

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!