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Educar filhos: tarefa de pai ou mãe?

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Criar filhos não é uma tarefa tão fácil, hoje em dia parece que tem assustado ainda mais, principalmente os homens. Alguns pensam que é um bicho de sete cabeças. Ficam imaginando as noites mal dormidas, sua companheira stressada com os cuidados com o filho, as preocupações em manter o emprego, porque agora tem um ser totalmente dependente na casa, e sem contar que também pode acontecer um ciúme por parte do nove ser que agora divide a tenção da esposa.
Supondo que seja tranqüilo lidar com todos esses receios, e que tomando uma atitude madura todos esses problemas serão facilmente ultrapassados, resta então assumir os papéis de cada progenitor para levar adiante a tarefa de monitorar o desenvolvimento do pequeno ser que agora tem a função de ser a alegria da casa.
Antes de mais nada vamos pensar no termo FAMÍLIA, o que vem a ser família. De acordo com o dicionário: grupo constituído pela reunião de gêneros afins. Conjunto de ascendente, descendentes, colaterais e afins de uma linhagem.
Resumindo essas definições, podemos sintetizar em: pessoas com mesmos interesses e afinidades que se atraem, para constituir um novo grupo na sociedade. A profundidade de reflexão que absorve o termo afinidade, é um vasto leque, no qual todo casal deveria pensar a respeito antes mesmo de constituir e aumentar uma família.
A afinidade intra pessoal, deveria ser a mola mestra para toda nova família que se forma, pois sem ela os desajustes , problemas e transtornos que no futuro podem ocorrer são inúmeros.
Tenho visto casais que se formam, por motivos tão banais e acabam levando a vida, por não lançarem mão de outras alternativas para melhorar a vida de cada um. Nesse jogo os filhos acabam chegando, encontrando uma família mal estruturada, e muitas vezes tornando-se a ovelha negra deste núcleo.
Todo casal tem encontros e desencontros. Muitas vezes as opiniões divergem, e isto não seria motivo para desentendimentos maiores, porém o que vemos é que isso muitas é motivo até de separação, principalmente quando o casal entra em disputa de poder, e nem sempre percebem que assim o fazem.
Hoje é muito comum os papéis dentro do núcleo familiar se misturarem, haver dúvidas por parte dos cônjuges sobre quem desempenha o quê. Infelizmente não existe cartilha pronta. Em todas palestras que faço para pais, sempre me cobram essa cartilha, e a resposta é sempre a mesma, noto nos rostinhos dos jovens pais uma frustração muito grande quando dou a mesma resposta, do fundo do coração gostaria de Ter essa cartilha pronta, mas penso que seria humanamente impossível, porque isto implicaria em reunir todas as cabeças em uma só, e aí eu pergunto: o que seria da cor preta se não existisse a cor branca?

Vocês percebem como é algo difícil e delicado, em princípio até é muito interessante que se tenha opiniões diferentes, pois sempre teremos novas formas de olhar a mesma situação. Quando surgirem situações específicas, ao invés de procurarmos no manual, teremos a oportunidade de obter vários pontos de vista e optar por aquele que traduz melhor nossas forma de lidar com o problema, e isto é mágico, faz com que um papai e uma mamãe sejam sui generis, ou seja, segundo a opinião dos próprios filhos, serão os melhores pais do mundo.
Quem nunca ouviu uma criança fazer referência aos pais , ou a um deles dizendo: “Meu pai é o melhor pai do mundo”. Esta frase é muito comum, principalmente em crianças menores, porque ainda imaginam seus pais como figuras idealizadas. E este vislumbre por parte dos filhos muitas vezes faz com que os pais fiquem ainda mais ansiosos para desempenhar a contento seus papéis familiares.
Ter sintonia no casal significa, saber ouvir, respeitar opinião diversa, saber sentir o clima da situação, desenvolver a observação para ler no comportamento do outro a linguagem do corpo, da expressão, do tom da fala, é lançar mão da habilidade de raciocínio que chamamos de Antecipação, ou seja prever o desenlace da situação, ou pelo menos criar hipóteses. A sintonia implica numa cumplicidade, de saber que mesmo diante de uma calorosa discussão de idéias ou opiniões, esse momento vai passar rapidamente, ou seja logo virão as ondas tranqüilas novamente.

Todo relacionamento implica nesses momentos, justamente pelo que foi comentado acima, ou seja cada cabeça é única. Se o meu companheiro não concorda comigo num aspecto, em outro ele pode concordar, e isto faz o relacionamento Ter vida, ser uma troca e não uma cola. Todo casal precisa ter claro que em determinadas situações é necessário doar, e em outros momentos receber, isso implica em aceitar que em determinados momentos devemos deixar prevalecer a opinião do outro e esperar que em outras situações possa prevalecer nossa opinião. Desde que essa escolha não prejudique a criança, nada há de errado em tomar essa postura.

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