Um post dedicado a um só dente? Sim, mas ele merece! Afinal, falaremos hoje do Primeiro Molar Permanente, considerado o mais importante elemento dentário.
Os primeiros molares permanentes têm sua formação iniciada na vida intrauterina. Ao nascimento da criança, começa sua mineralização. Ao terceiro ano de vida, a coroa está completa e por volta dos 6 anos de idade (considerando certa variação), ele começa a aparecer na cavidade bucal. Esse dente erupciona, sem que nenhum dentinho de leite tenha esfoliado (caído) – neste momento as mães acham que é mais um dente de leite – ele fica na região posterior ao segundo molar decíduo.
Imaginem um dentão – em todos os sentidos, físico e funcionalmente – ali naquela boquinha ainda em desenvolvimento. Sua erupção pode trazer grande incomodo e até um tipo de gengivite específica, requerendo cuidados preventivos e algumas vezes curativos. Com a chegada do molar permanente, se inicia a fase de dentição mista. Esta fase irá perdurar até a troca de todos os dentes decíduos, que é finalizada por volta dos 13 anos, passando então para fase de dentição permanente.
É um dente que serve como guia para toda oclusão que vem se instalar. E para que ele erupcione no lugar correto, a dentição decídua precisa estar saudável e também em correto posicionamento. Uma engrenagem que precisa se encaixar, para poder funcionar, no caso aqui, mastigar. Quando o primeiro molar permanente superior ocluir (encaixar) com o primeiro molar inferior se estabelece a “chave de oclusão molar” e esta posição dos dentes servirá para determinar e servir de referência para o tratamento ortodôntico.
Já ouviram falar nos selantes? Material que se coloca no dente para protegê-lo da cárie. Muito comuns de serem indicados para esses dentes que são bem vulneráveis a cárie e ainda, infelizmente, muito acometidos por ela. O primeiro molar permanente também é peça fundamental para a mastigação, essencial ao Sistema Estomatognático e para todo desenvolvimento da face da criança, tanto ósseo como muscular.
Os primeiros molares permanentes também são frequentemente acometidos por manchas brancas ou má formação do esmalte, causando uma hipersensibilidade no dente, necessitando assim de tratamento imediato. A incidência também é grande quando falamos de endodontia do primeiro molar permanente, o famoso canal. Há casos em que o pequeno paciente já perde o dente permanente aos 9-10anos. Os estudos mostram que a perda desse dente tão importante implica na diminuição da função mastigatória, migração dos dentes vizinhos, distúrbios na articulação temporomandibular.
E como evitar tudo isso? Prevenindo! As recomendações são as de sempre da odontologia moderna: boa higiene, consultas periódicas de manutenção e quando necessário, intervenção mínima.
Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador. Divulgado em: Site www.maetamorfose.com por Bruna Monteiro e Dulce Gayoso