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A importância do vínculo entre mãe e bebê para o desenvolvimento da criança

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Já ouvi muitas mães se referindo ao início de vida do bebê como um período caótico, angustiante, relatando surpresa pois não imaginavam o quão complicado e difícil pudesse ser esse período.

Gravidez tranquila não significa que o início de vida do bebê também possa sê-lo. Trata-se de um momento delicado, que requer preparo e adaptação. A chegada de um novo integrante à família seja ele primeiro filho ou não, de gestação múltipla ou até mesmo por adoção, necessita de paciência, tolerância e tempo para as coisas se acomodarem.

Percebo que a dependência absoluta do bebê assusta algumas pessoas. Ela pode mobilizar questões primitivas e profundas, das quais elas nem sempre têm consciência.

A relação com o bebê precisa ser construída. Ele não sabe nada a respeito do mundo e este lhe será apresentado inicialmente pela mãe (ou quem a substitua). A comunicação pode não ser fácil, principalmente nos primeiros dias de vida, e nem sempre é possível identificar com rapidez os sinais que ele dá. Essa relação requer tempo de convivência. O choro, que é a maneira que os bebês têm de se comunicarem com o mundo, pode ocorrer por inúmeros motivos e, nesse momento, é necessário ter calma e serenidade, para entender o que os bebês sinalizam e, a partir disso, atender às suas necessidades. Mas tudo isso seria simples, não fossem as inúmeras questões envolvidas nesse período inicial, como cansaço pela privação de sono, preocupações com o bem-estar do bebê, mudanças hormonais, aspectos da personalidade de cada um, e assim por diante. Não é fácil manter a calma com um bebê aos berros! Que mãe nunca se exasperou em situações como essa?

Contudo, tenho a dizer que vejo sempre uma saída – e isso não significa que as mães devam passar por esse momento sozinhas, enfrentando tanta angústia e sofrimento sem ajuda ou orientação.

Os bebês, no início de sua vida, necessitam que o mundo se adapte a eles, para que depois eles se adaptem ao mundo, a fim de se constituírem psiquicamente saudáveis.

E esse início requer preparo, que deve ser feito não só no ambiente físico que vai acomodá-los, mas também internamente nos pais que devem estar preparados para sua chegada.

Acredito que quando os cuidados com o bebê são realizados do modo mais natural possível, maior segurança é transmitida a ele. Quanto mais a mãe estiver envolvida nos cuidados com o filho, que no princípio se resumem a amamentá-lo, trocá-lo, dar- lhe banho, acariciá-lo, embalá-lo, entre outros cuidados, mais chances ela terá de conhecê-lo e de satisfazer as necessidades dele, natural e espontaneamente.

Aprender a conhecer o recém-nascido, por meio de técnicas pode tornar mecânico o saber intuitivo das mães. Contudo, algumas informações podem mostrar-se preciosas, em especial quando se trata de “marinheiras de primeira viagem”.

No início da vida do bebê, a segurança da mãe é primordial. Tudo é novo, a teoria é uma e, na prática, as coisas podem acontecer de um jeito muito diferente. Entretanto, a linha entre o aprendizado obtido de fora e a intuição materna no convívio e na prestação de cuidados ao bebê pode ser próxima e complementar.

Fazer cursos preparatórios e psicoprofiláticos ainda na gestação ou buscar orientação de profissionais capacitados pode ser muito útil, principalmente na fase inicial de adaptação com o bebê.

Não há como exercer a maternidade sem conviver com os filhos, porém, a segurança adquirida com dicas, sugestões, cursos ou informações, pode facilitar bastante essa integração com o bebê.

Um bom início de vida é a garantia de saúde psíquica do indivíduo no futuro.

Fonte: Cynthia Boscovich – Psicóloga clínica, psicanalista. Membro regular da sociedade brasileira de psicanálise winnicottiana. Atende adolescentes e adultos em seu consultório. Desenvolve também um trabalho específico com gestantes, mães e bebês, na área de prevenção e tratamento – www.cuidadomaterno.com.br – e-mail: cynthia@cuidadomaterno.com.br – Tel. 11 5549.1021

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