A amamentação é um dos momentos mais importantes para a mãe e para o bebê, pois, além de fornecer os nutrientes necessários, fortalece o vínculo entre eles e promove o desenvolvimento saudável da criança. No entanto, nem sempre esse processo acontece de forma tranquila. Muitas mães enfrentam dificuldades, como dor nos mamilos, dificuldade do bebê em pegar o seio corretamente, problemas com a sucção e até complicações como refluxo. Para ajudar a superar esses desafios, o trabalho conjunto de dois profissionais da saúde o osteopata e o fonoaudiólogo pediátrico pode ser a chave para um cuidado mais eficaz e completo.
Embora a amamentação seja um processo natural, muitos bebês enfrentam dificuldades logo no início. A dificuldade de pegar o seio de forma correta, a dor para a mãe durante a amamentação e problemas de coordenação na sucção podem ser comuns. Essas dificuldades podem ser causadas por vários fatores, como a posição do bebê ao amamentar, disfunções na musculatura da boca ou até tensões causadas pelo processo do nascimento, especialmente se foi um parto difícil ou assistido. Além disso, a questão emocional também pode impactar, criando um ciclo de frustração tanto para a mãe quanto para o bebê.
A osteopatia pediátrica se foca em manipulações manuais suaves para ajudar a restaurar o equilíbrio físico do corpo, corrigindo tensões e restrições que podem interferir no desenvolvimento motor do bebê. Quando o bebê tem dificuldades na amamentação, muitas vezes isso está relacionado a tensões no pescoço, mandíbula ou ombros, que surgem durante o nascimento, especialmente em partos mais complicados. Essas tensões podem dificultar o movimento da cabeça e o processo de sucção.
O osteopata pediátrico pode ajudar, promovendo a mobilidade das articulações do bebê, o que facilita o movimento de sucção e melhora a coordenação entre sucção, respiração e deglutição.
A fonoaudiologia pediátrica é fundamental para o desenvolvimento da motricidade orofacial do bebê, ou seja, o controle dos músculos da boca, língua, lábios e mandíbula, que são essenciais para uma sucção eficaz. Quando o bebê tem dificuldades para mamar, pode ser devido a problemas como tônus muscular baixo ou alto, freio curto da língua, que dificulta o movimento da língua e impacta a pega no seio.
O profissional realiza uma avaliação detalhada desses músculos e identifica disfunções que podem prejudicar a amamentação. Ele pode, então, orientar a mãe sobre como posicionar corretamente o bebê, para garantir uma pega mais eficiente, e também ensinar exercícios para melhorar a força e a coordenação dos músculos orais do bebê.
Embora a osteopatia e a fonoaudiologia trabalhem com áreas diferentes do corpo, suas abordagens podem se complementar de forma muito eficaz para ajudar a resolver os problemas da amamentação. A osteopatia trata das tensões musculares e articulares do bebê, melhorando a sua mobilidade e, consequentemente, a sua capacidade de pegar o seio corretamente. Já a fonoaudiologia cuida da motricidade orofacial, que envolve os músculos da boca e da língua, ajudando a melhorar a sucção e a deglutição do bebê.
Quando essas duas abordagens se combinam, elas criam um ambiente favorável para que a amamentação seja mais confortável e eficaz, tanto para o bebê quanto para a mãe. O cuidado conjunto de um osteopata e fonoaudiólogo pediátrico pode fazer uma grande diferença para superar os desafios da amamentação. Essa abordagem integrada oferece um cuidado completo e mais eficaz, não apenas facilitando a amamentação, mas também promovendo o bem-estar e o desenvolvimento saudável do recém-nascido desde os primeiros dias de vida.