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Aborto retido ou incompleto

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Aborto incompleto, ou aborto retido, é quando o corpo expele apenas uma parte do tecido fetal.
O que está acontecendo com o organismo?
O aborto incompleto é muito comum no início da gravidez. Ocorre freqüentementedevido a anormalidades cromossômicas fetais ou defeitos genéticos, que impedemseu desenvolvimento.
Quando o feto e a placenta param de se desenvolver, os níveis hormonais caem eos sinais e sintomas gravídicos como: desenvolvimento das mamas, náuseas ecansaço, podem desaparecer.
Na maioria dos casos, o útero começa a sofrer contrações, causando cólicas,desconforto e sangramentos vaginais contendo restos fetais. Se restosgravídicos permanecerem no útero, o colo uterino ficará aberto. Isto aumentaráriscos de infecções e continuação do sangramento.
Quais são os sinais e sintomas da doença?
A mulher grávida pode apresentar: sangramento vaginal, cólica ou desconfortopélvico e saída de restos ovulares e coágulos pela vagina.
Quais são as causas e os fatores de risco da doença?
A mulher pode ter problemas na implantação do ovo, aumentando o risco deaborto se: apresentar malformação uterina, houver cicatrizes uterinas outumores benignos como miomas.
Outros fatores que aumentam os riscos de aborto são: infecções virais noprimeiro trimestre de gestação como: herpes, rubéola, infecção por parvovírus;infertilidade por mais de um ano; idade acima de 35 anos; e, problemashormonais.
Acima de três abortos consecutivos, chama-se abortamento habitual. Estacondição requer pesquisa detalhada das possíveis causas que estão levando amulher a abortar.

O que fazer para prevenir?
Nem todos os abortos podem ser evitados, mas algumas medidas sendo tomadasmeses antes e durante a gestação diminuem as chances de ocorrer. Uma dietarica em ácido fólico, e uso de polivitamínicos ajudam a prevenir defeitos naformação do tubo neural, levando a um bom desenvolvimento nutricional doembrião.

Outras medidas que também devem ser tomadas são: parar de fumar, não usardrogas, sendo elas ilegais ou não, mulheres diabéticas devem fazer controlesde glicemia durante a gestação.
Muitas vezes a mulher apresenta alterações hormonais que podem ser a causa doaborto. Se isso for detectado, deve-se fazer uma terapia hormonal para queposteriormente a mulher tente engravidar novamente.
Como é feito o diagnóstico?
Exames de sangue e de urina podem detectar o hormônio da gravidez HCG. Ocontrole periódico dos níveis hormonais ajudam a fazer o diagnóstico. Atravésdestes exames pode-se avaliar se o feto está se desenvolvendo. Níveis de HCGestáveis ou diminuídos sugerem malformação ou morte fetal. Se os níveishormonais estiverem aumentando, significa que o feto está crescendo.
Outros exames como: hemograma podem avaliar se está havendo sangramento alémde controlar riscos de infecção; nível de progesterona é importante paramanter o curso da gestação; ultra-som avalia movimentos fetais, batimentoscardíacos, além de diagnosticar gravidez ectópica que é a implantação doembrião fora do útero; exame especular que visualiza se o colo uterino estáaberto ou se há restos embrionários no interior da vagina.
Quais são os efeitos crônicos da doença?
Os efeitos são variáveis. Existem muitos mitos que levam a mulher ficaransiosa e se sentir culpada pelo ocorrido. Arrastar móveis pesados, seexercitar demasiadamente e fazer sexo durante a gravidez não impedem que amulher tenha uma gestação saudável. Ela deve conversar com seu médico sobreseus sentimentos, preocupações e dúvidas que houverem sobre o assunto.
Atraso no diagnóstico e tratamento pode aumentar os riscos de infecção,sangramentos, desenvolver sensibilidade do sistema Rh, infertilidade por lesãoda trompa de Falópio, prejudicando outra futura gestação.
Quais são os tratamentos?
Dilatar o colo uterino e curetagem devem ser feitas para retirar os restosfetais ainda presentes no interior do útero. Antibióticos e drogas queaumentam a contratilidade uterina podem ajudar a parar o sangramento, podendoser usados por 24 à 48 horas após curetagem.
Se a mulher for Rh negativo, ela deverá tomar uma vacina de imunoglobulinasque impedirá sua sensibilização, prevenindo incompatibilidade sangüínea entreela e o feto nas futuras gestações.
Quais são os efeitos colaterais do tratamento?
Efeitos colaterais da anestesia para realização da curetagem: sonolência,cansaço, náusea e vômitos. Os antibióticos e a drogas que ajudam o útero a secontrair podem causar: rush cutâneo, diarréia, alergias, dor de estômago ecólica abdominal.
O que acontece após o tratamento?
Algumas horas após a curetagem, a mulher pode voltar para casa, devendopermanecer em repouso por 1 a 2 dias. Ela deverá procurar o médico se: tiverfebre, a cólica abdominal tornar-se mais intensa ou duradoura, o sangramento vaginal continuar intenso.
O uso de métodos anticoncepcionais estão indicados se a mulher não quiserengravidar novamente. Se a mulher deseja engravidar, ela só poderá após dois atrês meses do ocorrido. O casal terá 85% de chance de sucesso na gravidez apósum ano do abortamento.
Como a doença pode ser acompanhada?
Controle dos níveis hormonais de HCG ajudam a prevenir os riscos depermanência de restos embrionários ou de gravidez ectópica se o sangramento ouas cólicas continuarem.

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