Síndrome do Bebê Chiador pode ser provocada por uma hiper-reatividade dos pulmões do lactente que se estreitam na presença de certos estímulos, como um resfriado, alergia ou refluxo, por exemplo uma irritação da via aérea que leva a uma obstrução da passagem de ar provocando o “chiado” no peito (sibilos, que parecem o miado de um gato), tosse e cansaço. Até os 3 anos, 30-50% das crianças têm pelo menos um episódio. É, frequentemente, um sintoma transitório e 60% das crianças de idade pré-escolar que sibilam deixam de ter queixas em idade escolar. Este chiado pode ser contínuo (persistente) ou transitório. É muito comum confundir o termo bebê chiador com asma. Eles não são sinônimos.
O diagnóstico de bebê chiador é clínico. Para ser classificado como bebê chiador a criança abaixo de 2 anos precisa ter apresentado 3 ou mais episódios de chiado ou chiado contínuo, com duração de pelo menos 1 mês. A critério do pediatra, podem ser necessários exames complementares. Na presença de dermatite atópica e pais com história de asma o risco de desenvolver esta doença no futuro é de 60% e, quando negativos, cerca de 10% das crianças desenvolvem asma.
Quais as principais causas?
• Infecções virais
• Refluxo gastroesofágico
• Aspirações de corpo estranho (feijão, amendoim, pipoca, objetos pequenos entre outros)
• Doenças pulmonares como a broncodisplasia dos prematuros, fibrose cística e a própria asma.
• Insuficiência cardíaca
• Outras causas: Malformações de vias aéreas, tumores de mediastino, da traqueomalácia, da tuberculose entre outros.
Sintomas
O principal sintoma é o chiado no peito, conhecido como sibilo. A intensidade dos sibilos é variável:
Leve: sem causar dificuldade para respirar;
Moderado: quando há uma certa dificuldade respiratória necessitando de internação para tratamento e oferta de oxigênio
Grave: quando causa uma insuficiência respiratória com necessidade de internação em UTI e suporte de ventilação através de respiradores.
Tratamento
O tratamento do bebê chiador depende da causa, no entanto, na crise aguda está indicado o uso de broncodilatadores e em alguns casos corticoide oral.
A higiene ambiental é fundamental para evitar a exposição da via aérea a agentes irritantes como poeira, ácaros, mofo, pelos de animais.
O tabagismo dos pais deve ser desencorajado, pois a exposição à fumaça do cigarro aumenta a produção de muco e a reatividade das vias aéreas.
A fisioterapia respiratória é a melhor indicação que atua diretamente nos sinais e sintomas, com técnicas de higiene brônquica, melhorar o desconforto respiratório, principalmente associada ao uso de pressão positiva nas vias aéreas.
Sempre importante estar atento aos sinais de desconforto e procurar o especialista quando necessário.