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AMAMENTAÇÃO APÓS A REDUÇÃO DAS MAMAS

Tempo de Leitura: 6 minutos
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A mamoplastia redutora tem como objetivo retirar o excesso de pele e tecido mamário existente. É indicada para a redução de mamas volumosas. A mastopexia é realizada quando o objetivo é somente a suspensão das mamas ptosadas (caídas) mantendo ou aumentando (com próteses) seu tamanho. As duas cirurgias, com técnicas bastante semelhantes, podem apresentar, em alguns casos, problemas para a amamentação posterior.
De acordo com a Cirurgiã Plástica, Ana Paula Polato, o risco da cirurgia afetar a amamentação irá depender, em boa parte, da técnica utilizada na cirurgia das mamas.
“A escolha da técnica cirúrgica deve levar em consideração a idade da paciente e se esta já teve filhos ou deseja amamentar. A retirada de parte da mama diminui a quantidade de ductos que chegam intactos ao mamilo, mas alguns trabalhos indicam que a amamentação é possível com técnicas que mantenham pelo menos 60% dos ductos mamilares”, explica
O comprometimento da amamentação pode acontecer porque a estrutura da mama é composta de um tecido adiposo, glândula, ductos e ramificações mamários que são responsáveis pela produção e também por conduzir o leite até o mamilo. Quando as mamas sofrem algum tipo de procedimento cirúrgico, essa estrutura passa por alterações e forma tecido cicatricial, que também pode comprimir os ductos, impedindo a progressão do leite, mesmo quando há produção.
“A redução mamária é uma técnica que pode influenciar mais na amamentação do que a mastopexia, porque a cirurgia promove uma alteração maior devido à retirada das glândulas que produzem o leite e também pode levar à interrupção nos ductos, pela cicatrização. Qualquer procedimento cirúrgico nas mamas pode causar implicações na amamentação; quanto mais mexermos na estrutura mamária nessa cirurgia, maior o risco”, destaca a cirurgiã plástica, Ana Paula Polato.
Já a cirurgia de implante de silicone tem menor influência na amamentação, quer seja colocado atrás da glândula mamária, quer seja atrás do músculo peitoral. Caso, ele seja inserido por meio da margem da aréola, no qual o tecido mamário é seccionado pode haver prejuízo na amamentação.
(novo parágrafo) Algumas mulheres que amamentaram após a cirurgia plástica, recorrem a um novo procedimento nas mamas porque a estética ficou comprometida. O estiramento da pele proporcionando pelo aumento do volume da mama durante a amamentação pode causar flacidez e queda.
Fiz a cirurgia de redução das mamas e quero amamentar? Tem solução?
Já durante a gestação, você terá indicações que conseguirá amamentar se apresentar saída de líquido (colostro) espontaneamente ou à expressão das mamas, porém você somente terá certeza se existe algum problema depois de tentar amamentar o seu bebê.
(novo parágrafo) Peça ajuda do seu ginecologista para auxiliar na hora da amamentação. No terceiro dia depois do parto, tente tirar o leite por cinco minutos de cada lado. Caso tenha dificuldade você pode contar com o auxílio de uma bombinha manual ou elétrica para estimular o reflexo da descida do leite.
Comente com o pediatra do seu bebê sobre a cirurgia para ele monitorar mais atentamente o ganho de peso do seu filho. É uma maneira do médico verificar se ele está bem alimentado.
Segundo a cirurgiã plástica, Ana Paula Polato o correto para quem deseja fazer a mamoplastia e amamentar é aguardar.
“É importante esperar pelo menos seis meses após o término da fase de amamentação para fazer a cirurgia. As mamas modificam-se muito com a lactação, e é necessário esperar para que as mesmas voltem ao seu estado pré-gestação”, recomendou.
A falta de informação pode influenciar algumas mulheres a fazer a cirurgia de redução e comprometer a sua idade produtiva e os planos de amamentar os filhos. Neste caso consulte o seu médico e acabe com todas as dúvidas sobre as técnicas para realizar a cirurgia.
Amamentação: Descubra o seus Mitos X Verdades
Conheça o que pode ser bom ou não na hora de amamentar o seu bebê:
1- Prótese de silicone prejudica a qualidade do leite?
Não. Como a prótese é colocada abaixo da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral, não há influência direta na produção de leite.
2. A Mamoplastia redutora interfere na amamentação?
Quando há remoção de glândulas e dutos mamários, a amamentação pode ficar comprometida. É possível superar o problema usando um suplementador – trata-se de uma sonda macia adaptada a uma seringa cheia de leite, que é colocada ao lado do mamilo. O bebê, então, suga ao mesmo tempo o líquido proveniente da seringa e da mama.
3-Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite.
Verdade. Mães que estão estressadas podem produzir uma quantidade maior de adrenalina, bloqueando a oxitocina, um dos hormônios responsáveis na amamentação. Devido às tensões que a mãe sofre, a tendência é ela produzir leite insuficiente para alimentar o seu bebê. Caso, você esteja passando por essa situação, consulte o pediatra sobre a necessidade de usar complementação.
4- É necessário revezar os dois seios para amamentar.
Mito. O ideal é que a mãe não interrompa e deixe o bebê mamar à vontade no primeiro seio. É importante que o bebê atinja o leite posterior, uma porção rica em açúcar e gordura que ajuda a criança a se saciar mais rápido, e consequentemente ganhe peso. Se o bebê tem a dificuldade de chegar até essa parte da amamentação, ele pode sentir fome depois, chorando várias vezes ao longo dia.
5- Fortalece o vínculo de mãe e bebê.
Verdade. Quem já amamentou sabe: esse momento é único na vida de uma mulher e proporciona uma troca de carinho grande entre mãe e bebê.
6- Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses.
Verdade. O ideal é que a criança seja amamentada até os seis meses. Após esse período, a mãe deve introduzir a oferta de alimentos pastosos, sólidos e outros líquidos. Consulte o pediatra sobre a necessidade de manter o leite materno após esse período.
7- Muitos meses de amamentação leva à flacidez das mamas.
Verdade. Infelizmente é fato que a amamentação leva à flacidez das mamas e essa flacidez pode ser proporcional ao tempo de amamentação, bem como ao número de gestações. Certamente não é o único fator, pois o tipo de pele, alterações de peso, tamanho das mamas, hidratação da pele e uso de sutiãs de sustentação também tem responsabilidade na queda ou não das mamas após a amamentação.

Fonte – Cirurgiã Plástica, Ana Paula Polato

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