Clique e acesse a edição digital

Asma na gravidez

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Momento mágico na vida das mulheres, a gestação requer cuidados especiais para se chegar a um parto tranquilo, sem riscos. Isso vale para a saúde de modo geral, inclusive para a respiratória. “Num quadro de asma, por exemplo, o ideal é buscar a orientação de um especialista e seguir direitinho todas as recomendações relacionadas ao tratamento”, adverte o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Diversos fatores podem favorecer o agravamento da asma na gravidez. Alteração hormonal, aumento do volume uterino que, consequentemente, empurra o diafragma, comprime o tórax e diminui a expansibilidade dos pulmões, além de aspectos emocionais, como ansiedade e insegurança. A gestante asmática, registre-se, é mais suscetível a contrair infecções respiratórias, especialmente pneumonias.
“Estatisticamente, a evolução da asma na gestante é proporcional. Em 1/3 há melhora das crises, 1/3 piora e 1/3 prossegue sem nenhuma alteração. Para manter um quadro controlado, recomendamos a procura imediata a um pneumologista para a realização de tratamento preventivo. Como a asma pode ser mais grave durante a gestação, é importante um atendimento frequente”, alerta o dr. Roberto Stirbulov, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e ex-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
É importante que as gestantes não suspendam o uso de medicamentos, pois pode haver complicações indesejáveis. Aliás, o uso da budesonida, uma corticóide para inalação, apresenta boa segurança e é autorizado pela FDA, agência reguladora americana que controla alimentos, medicamentos, entre outros itens.
“Gravidez com asma não controlada aumenta o risco do bebê. As complicações tanto podem atingir a mãe, que pode ter pré-eclampsia, diabetes e rompimento prematuro da bolsa, como afetar a criança, que corre o risco de ter baixo peso ao nascer, entre outros problemas”, explica o dr. Stiburlov.
Ainda existem riscos, como a diminuição de oxigênio na corrente sanguínea da mãe, o que é fator de comprometimento do crescimento e da sobrevida do feto, impedindo-o de se desenvolver normalmente.
Os sintomas costumam melhorar durante as últimas quatro semanas da gravidez. Também é bom lembrar que a criança pode ou não nascer com a doença. Uma vez que se trata de um mal de origem genética, transmissível pelo gene da mãe ou do pai, não há como determinar antecipadamente.
“Vale reafirmar que o acompanhamento por um médico pneumologista é imprescindível para o bom termo da gravidez e para a saúde do bebê. Mantendo os cuidados para evitar as crises, a asma será bem controlada e a gestação tranquila”, finaliza Stiburlov.

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!