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Asma na gravidez

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Momento mágico na vida das mulheres, a gestação requer cuidados especiais para se chegar a um parto tranquilo, sem riscos. Isso vale para a saúde de modo geral, inclusive para a respiratória. “Num quadro de asma, por exemplo, o ideal é buscar a orientação de um especialista e seguir direitinho todas as recomendações relacionadas ao tratamento”, adverte o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Diversos fatores podem favorecer o agravamento da asma na gravidez. Alteração hormonal, aumento do volume uterino que, consequentemente, empurra o diafragma, comprime o tórax e diminui a expansibilidade dos pulmões, além de aspectos emocionais, como ansiedade e insegurança. A gestante asmática, registre-se, é mais suscetível a contrair infecções respiratórias, especialmente pneumonias.
“Estatisticamente, a evolução da asma na gestante é proporcional. Em 1/3 há melhora das crises, 1/3 piora e 1/3 prossegue sem nenhuma alteração. Para manter um quadro controlado, recomendamos a procura imediata a um pneumologista para a realização de tratamento preventivo. Como a asma pode ser mais grave durante a gestação, é importante um atendimento frequente”, alerta o dr. Roberto Stirbulov, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e ex-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
É importante que as gestantes não suspendam o uso de medicamentos, pois pode haver complicações indesejáveis. Aliás, o uso da budesonida, uma corticóide para inalação, apresenta boa segurança e é autorizado pela FDA, agência reguladora americana que controla alimentos, medicamentos, entre outros itens.
“Gravidez com asma não controlada aumenta o risco do bebê. As complicações tanto podem atingir a mãe, que pode ter pré-eclampsia, diabetes e rompimento prematuro da bolsa, como afetar a criança, que corre o risco de ter baixo peso ao nascer, entre outros problemas”, explica o dr. Stiburlov.
Ainda existem riscos, como a diminuição de oxigênio na corrente sanguínea da mãe, o que é fator de comprometimento do crescimento e da sobrevida do feto, impedindo-o de se desenvolver normalmente.
Os sintomas costumam melhorar durante as últimas quatro semanas da gravidez. Também é bom lembrar que a criança pode ou não nascer com a doença. Uma vez que se trata de um mal de origem genética, transmissível pelo gene da mãe ou do pai, não há como determinar antecipadamente.
“Vale reafirmar que o acompanhamento por um médico pneumologista é imprescindível para o bom termo da gravidez e para a saúde do bebê. Mantendo os cuidados para evitar as crises, a asma será bem controlada e a gestação tranquila”, finaliza Stiburlov.

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