Pesquisadores descobriram que crianças entre cinco meses e dois anos respondem bem ao ritmo e ao andamento da música
Estudo realizado na Universidade de York (UY) analisou bebês entre cinco meses e dois anos de idade, e descobriu que eles podem nascer com uma predisposição para se mover ritmicamente em resposta à música.
A pesquisa foi conduzida pelo representante do departamento de psicologia da UY, Marcel Zentner, e por Tuomas Eerola, da Universidade de Jyvaskyla, na Finlândia.
“Nossa pesquisa sugere que é mais a batida do que outras características da música, como a melodia, que produz a resposta nos bebês” , explicou Zetner. “Também descobrimos que, quanto melhor as crianças foram capazes de sincronizar seus movimentos com a música, mais elas sorriram.”
Para a realização do estudo, os bebês escutaram uma variedade de estímulos de áudio, incluindo música clássica, batidas rítmicas e de expressão. Seus movimentos espontâneos foram registrados em vídeo e em tecnologia 3D de captura de movimento e depois foram comparados entre os diferentes estímulos.
Os resultados foram publicados na revista online Proceedings of the National Academy of Sciences Early Edition
Música clássica pode acelerar a recuperação de bebês prematuros,
indica pesquisa israelense
Bebês prematuros, quando expostos a 30 minutos de música clássica por dia, gastam menos energia e se recuperam mais rápido do que os pequeninos que ficam no silêncio total. É o que indica uma pesquisa feita pela Universidade de Tel Aviv e divulgada nesta sexta-feira. O grupo de prematuros que ouviu sinfonias de Mozart cresceu mais rápido e ficou mais forte que seus companheiros de berçário.
– A música de Mozart deixa os bebês mais calmos e menos estressados – afirma o coordenador da pesquisa Dror Mandel.
No estudo, a equipe de Mandel mediu as respostas fisiológicas dos bebês durante e após ouvirem as músicas. Segundo Mandel, o efeito de Mozart é impressionante e pode modificar a forma como os prematuros são tratados nas unidades intensivas no futuro. O estudo foi patrocinado pela instituição americana Newborn Individualized Developmental Care and Assessment Program, que busca melhorar os cuidados com recém-nascidos em todo o mundo, e faz parte de uma série de pesquisas sobre a saúde dos prematuros.
– Acredito que as melodias repetitivas de Mozart mexam com o cérebro dos bebês, reorganizando o córtex. Ao contrário de Beethoven, Bach ou Bartok, apenas Mozart fez músicas com melodias muito repetitivas. Mas ainda não sabemos os efeitos da música a longo prazo, ou até mesmo se outros ritmos teriam o mesmo efeito nos bebês – completa.
Pesquisa revela má qualidade da dieta dos bebês brasileiros
Estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostra que os pais estão oferecendo alimentos cheios de gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos alimentares para bebês com quatro meses de idade. Participaram do estudo 179 crianças, entre quatro e doze meses, de famílias das classes A, B e C de São Paulo, Curitiba e Recife.
Entre os alimentos oferecidos estava lasanha pré-pronta congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho tipo batata frita, chocolate, suco artificial e muita bolacha recheada. O estudo também constatou que os maus hábitos alimentares são generalizados. Além disso, outro fator que contribui para a má qualidade da comida infantil é que os pais não sabem cozinhar.
A presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP e uma das autoras, Roseli Sarni, defende a adoção de políticas de educação nutricional e uma rigorosa legislação sobre a produção de alimentos para a mudança do panorama.