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Bebês nascidos no inverno têm mais alergia

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Pesquisa feita nos EUA associa problema à falta de banho de sol.

Diversas pesquisas já reforçaram a importância da amamentação para o desenvolvimento da criança. Um último estudo acaba de comprovar cientificamente outra máxima do be-a-bá da maternidade: o banho de sol é fundamental para os bebês.

Pediatras de várias universidades dos Estados Unidos avaliaram durante seis anos 1.002 crianças de zero a cinco de idade que davam entrada em pronto-socorros da cidade de Boston com queixa de alergia alimentar (ovo e leite foram os alimentos mais citados). Concluíram que os casos de alergia eram 53% maiores nos nascidos no outono e no inverno do que nos nascidos durante a primavera e o verão.

A resposta para a diferença estatística entre os dois grupos os pesquisadores encontraram nos raios ultravioletas. Os bebês que viveram os primeiros meses de vida na temporada mais fria do ano tiveram menos contato com o sol, diferentemente dos que chegam em época de calor. Os resultados estão publicados no Annals of Allergy.

Os raios solares, explica o professor de pediatria comunitária da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Renato Nabas Ventura, são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Em contato com a pele, viram fonte de vitamina D, nutriente fundamental para proteger os ossos e o sistema imunológico – daí a explicação para os “carentes de sol” terem mais alergia.

“O que já percebemos no dia a dia é que crianças com deficiência de vitamina D têm mais raquitismo, problema que afeta o crescimento”, completou o especialista.

Sem tempo para o sol

Pode parecer incoerência mas mesmo o Brasil sendo um país tropical – entenda sol o ano inteiro – as crianças sofrem de deficiência de vitamina D. Nos idosos, o problema é acentuado e a estimativa do Instituto do Cérebro de Brasília é que três em cada 10 sejam carentes do nutriente.

A explicação para a deficiência é velha conhecida das mães: falta espaço, áreas livres seguras e tempo para o banho de sol. O hábito, entretanto, não pode ser negligenciado. Entre 7h e 10h da manhã, a orientação dos especialistas é reservar ao menos 30 minutinhos para que os pequenos recebam os raios ultravioletas no corpo. Não vale ser por meio da janela do quarto ou do carro, caso contrário, os benefícios são anulados.

O nutricionista do Hospital do Coração (Hcor), Daniel Magnoni orienta que os alimentos como peixes, óleo de fígado de bacalhau e até o leite materno são fontes de vitamina D. Mas nenhuma tão rica é eficiente quanto a luz do sol.

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