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Câncer de colo uterino: você já ouviu falar?

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Hoje vamos falar de um assunto atual e muito sério. O câncer de colo uterino é uma das principais causas de morte entre mulheres em todo o mundo. Felizmente, a maioria dos casos desse tipo de câncer pode ser prevenida com medidas preventivas, como a vacinação e o rastreamento regular. No entanto, a falta de conscientização e acesso aos cuidados de saúde adequados continua sendo o desafio a ser superado nessa doença.

Fundamental saber que o papilomavírus humano (HPV) é uma das principais causas do câncer de colo uterino. Trata-se de um vírus comum, com transmissão por meio do contato sexual. Existem mais de 200 diferentes tipos de HPV, sendo que alguns deles, como os tipos 16 e 18, estão associados a um maior risco de desenvolvimento de câncer cervical.

A vacinação contra o HPV é uma ferramenta crucial na prevenção do câncer de colo uterino. A vacina nonavalente protege contra nove tipos de HPV, incluindo os tipos 16 e 18, tem se mostrado altamente eficaz na redução da incidência de infecções por HPV e, consequentemente, na prevenção do câncer cervical. Recomenda-se que meninas e meninos sejam vacinados ainda na adolescência, preferencialmente entre os 9 e 14 anos de idade, e antes do início da atividade sexual.

Embora a vacinação seja mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual, mulheres que não foram vacinadas durante a adolescência ainda podem se beneficiar da vacinação em idades mais avançadas. Recomenda-se que mulheres e homens até os 45 anos recebam a vacina nonavalente como parte do esquema de imunização de rotina. No sistema público de saúde, temos a vacina quadrivalente, com fornecimento gratuito para as crianças entre 9 e 14 anos, e também para grupos específicos até os 45 anos de idade, como por exemplo transplantados, pessoas vivendo com HIV, pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, e também vítimas de violência sexual.

O esquema de vacinação consiste em duas ou três doses, dependendo da idade em que a vacinação é iniciada. Para aqueles com menos de 15 anos, são recomendadas duas doses, com um intervalo de seis a doze meses entre elas. Para aqueles com 15 anos ou mais, ou que possuem um esquema de vacinação incompleto, são recomendadas três doses, com a segunda dose administrada um a dois meses após a primeira, e a terceira dose administrada seis meses após a primeira dose.

Para aqueles que já tomaram a vacina quadrivalente contra o HPV, não há uma obrigatoriedade de revacinação com a vacina nonavalente, porém isso tem sido aconselhado pelo aumento de casos de câncer de colo uterino pelo demais sorotipos presentes na nova vacina.

A vacina quadrivalente oferece proteção contra os tipos de HPV mais comuns associados ao câncer cervical e verrugas genitais, enquanto a vacina nonavalente oferece proteção adicional contra mais tipos de HPV relacionados ao câncer.

Aqui, porém, vale fazer um alerto: se uma pessoa vacinada com a quadrivalente ainda estiver dentro da faixa etária recomendada para receber a vacina nonavalente e não tiver completado o esquema de vacinação, ela deve reiniciar todo o esquema com a vacina nonavalente para obter uma proteção mais ampla contra o HPV. Nesse caso, o médico pode orientar sobre o melhor curso de ação com base na idade, histórico médico e recomendações de saúde pública.

O mês de março é dedicado mundialmente à conscientização e ao combate ao câncer de colo uterino. Durante esse mês, são promovidas campanhas educativas, eventos de sensibilização e atividades de rastreamento para destacar a importância da prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer. É uma oportunidade para educar a população sobre os fatores de risco, sinais e sintomas, bem como sobre as medidas preventivas disponíveis, incluindo a vacinação e os exames de Papanicolau regulares.

Por fim, gostaria de enfatizar que o câncer de colo uterino é uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, mas é amplamente prevenível. A conscientização sobre a relação entre o HPV e o câncer cervical, juntamente com a importância da vacinação e do rastreamento regular, são fundamentais para reduzir a incidência e a mortalidade associadas. À medida que nos unimos para combater o câncer de colo uterino, é crucial garantir que todas as mulheres tenham acesso igualitário aos cuidados de saúde necessários para prevenir, detectar e tratar essa doença que pode ser devastadora. Converse com sua médica sobre o assunto. Previna-se! Se você tem filhas e filhos, atenção para não perder o melhor momento para a vacinação. Já coloque isso na sua agenda do futuro e vamos em frente cuidado da saúde de toda a família.

Dra. Larissa Atala
Ginecologista e Obstetra, membro da Febrasgo
Especialista em Endoscopia Ginecológica
@dralarissaatala
dralarissaatala@gmail.com
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