Sentir coceira intensa nas mãos durante a gravidez pode ser sinal de colestase gestacional, também conhecida como colestase intra-hepática da gravidez, uma doença em que a bile produzida no fígado não consegue ser liberada no intestino para facilitar a digestão e acaba se acumulando no corpo.
Essa doença não tem cura e o seu tratamento é feito para controlar os sintomas pelo uso de cremes corporais para aliviar a coceira, pois a doença só costuma melhorar após o nascimento do bebê.
Sintomas
O principal sintoma da colestase gestacional é coceira generalizada em todo o corpo, que começa na palma das mãos e na sola dos pés, se espalhando então para o restante do corpo. A coceira surge principalmente a partir do 6º mês de gestação e piora durante a noite, e em alguns casos também podem ocorrer erupções na pele.
Além disso, também podem surgir sintomas como urina escura, pele e parte do branco do olho amareladas, náuseas, falta de apetite e fezes claras ou esbranquiçadas.
As mulheres que têm maiores chances de desenvolver essa doença são aquelas com histórico na família de colestase gestacional, que estão grávidas de gêmeos ou que já tiveram esse problema em gestações anteriores.
Riscos para o bebê
A colestase gestacional pode afetar a gestação porque aumenta o risco de parto prematuro ou fazer com que o bebê nasça morto, e por isso o médico pode recomendar uma cesariana ou que o parto seja induzido logo após completar 37 semanas de gestação.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da colestase gestacional é feito por avaliação da história clínica da paciente e com exames de sangue que avaliam o funcionamento do fígado.
Após diagnosticada, o tratamento é feito apenas para controlar os sintomas de coceira por meio de cremes corporais prescritos pelo médico, podendo-se também utilizar alguns medicamentos para diminuir a acidez da bile e suplementos de vitamina K para ajudar a prevenir hemorragias, pois essa vitamina passa a ser pouco absorvida no intestino.
Além disso, é necessário refazer os exames de sangue a cada mês para verificar a evolução da doença, e repeti-los até 3 meses após do parto, para se certificar se o problema desapareceu com o nascimento do bebê.
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