Clique e acesse a edição digital

O bebê chegou. E o ciúme chegou junto.

Tempo de Leitura: 5 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Portrait of happy family of couple in relationship and their three children they play jenga game together at home.

Com a chegada de um filho, alguns pais podem sentir ciúmes.
Saiba como lidar  com isso.

A chegada de um filho traz mudanças difíceis de se prever antes do parto. É bastante comum que pai e mãe acabem surpreendidos por tarefas que se transformam em prioridades e que eles nem imaginavam antes do bebê nascer.

Já na gravidez, a mulher sofre alterações hormonais que podem levar a mudanças em seu comportamento. Choro, riso e insegurança são apenas algumas delas. A futura mamãe também exige atenção redobrada por causa de enjôo, azia ou inchaços, por exemplo. Muitos homens ficam confusos e inseguros nessas situações e podem vir a sentir-se enciumados com essa “nova” condição de sua mulher.

Isso pode levar a uma eventual mudança de comportamento por parte desses pais. Mas esta pode não ser a principal razão. Antes, é preciso averiguar se não há outras divergências entre o casal que estejam além da questão da gravidez ou do nascimento do bebê. Expectativas e desejos sobre a ideia da paternidade também são fontes de angústia que devem ser levadas em conta.

Para os homens, a gravidez sempre foi motivo de estranheza.

Desde os primórdios da civilização, os homens relacionam a gravidez com poderes femininos ou divinos. A condição por que passa a mulher é pouco familiar à biologia e à psicologia masculina, o que sempre despertou fortes e confusas emoções, como  ciúmes, exclusão, etc. Desejo e medo acontecem simultaneamente e, para muitos homens, o despertar dessas sensações disparam uma percepção de que o filho pertence exclusivamente à mulher, que o carregou por meses e o amamentará por mais tempo ainda.

Mas a mudança também pertence a algumas mulheres que, por razões pessoais, podem se afastar de seus maridos quando tornam-se mães – o que alimenta este processo de exclusão no homem. Erroneamente, costuma-se mitificar a gravidez como se fosse algo que toda mulher conhece essencialmente e, assim, a livraria de todos os medos e inseguranças. Isto não corresponde à realidade. Pais e mães de primeira viagem não conhecem as transformações trazidas pela gravidez nos aspectos pessoais, físicos, sociais e financeiros.

A importância do diálogo.

Dialogar o máximo possível é fundamental. Também é importante incluir o pai em todos os aspectos da chegada do bebê, como escolher o nome e o médico, participar ativamente do pré-natal, ir às sessões de ultrassonografia, fazer as compras do enxoval e, principalmente, estar presente no momento do nascimento. O incentivo da mulher quanto a participação do parceiro e sua compreensão de que uma certa regressão pode acometer o comportamento do homem ajuda a simplificar qualquer conflito.

Conversar sobre os sentimentos e fantasias do homem é outro fator que deve ser levado em consideração. A mulher deve conseguir entender o que pode haver de errado e difícil, já que o bebê pertence ao casal. Nem sempre é tão simples. Muitos homens sentem a gravidez e a presença de um novo integrante em seu relacionamento afetivo como uma situação complexa, misteriosa e que exclui sua presença.

A criança não é só da mãe.

Nos primeiros dias da jornada da paternidade era comum ouvir que “o bebê é mais da mãe que do pai” ou que “todos os cuidados cabem à mãe”. Isto é cada vez menos comum, graças a uma mudança na posição do pai. O que tem se visto são mais parcerias masculinas, acolhendo e apoiando a mulher, e tornando a presença do pai mais marcante no desenvolvimento de seu filho.

Ficar lado a lado é melhor ficar de lado.

Muitos homens vêm lidando com essa situação de um modo mais maduro e  proativo nos cuidados com suas crianças, transformando os sentimentos de exclusão, que por ventura estejam presentes, em participação, parceria e alegria. Alguns até ficam “grávidos juntos” – sentem enjôos, azia, aumento de apetite etc. – como se fosse uma tentativa de se aproximar do universo de suas companheiras.

É a mãe quem oferece o lugar de importância. 

A mãe abre espaço e o pai vem para dividir essa relação de características bastante simbióticas. Um casal se comunica bem abre espaço para a presença do pai e essa presença é permitida e valorizada pela mãe, o que acaba por ser de grande valia para o desenvolvimento dos filhos. Outro fator relevante é que todas as mulheres envolvidas, desde a própria mãe até as avós, babás ou tias, aceitem e permitam essa aproximação e os cuidados que os homens dispensam aos filhos.

Observar o entorno e perceber as mudanças em cada um é o melhor caminho para se estabelecer um ambiente de diálogo e de solução dos problemas, antes mesmo deles se tornarem motivo de preocupação. Afinal, o momento é de alegria e crescimento e isso só pode ser plenamente alcançado por um casal unido em torno de um acontecimento único: a chegada de seu filho ou filha.

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!