Após a concepção, as células do ovo (óvulo fecundado por um espermatozóide) se dividem várias vezes para formar o embrião. Quatro semanas após a implantação o embrião é pequeno, menor que um grão de arroz e tem um formato similar ao de um girino. A partir do início da 5ª semana, período correspondente aos primeiros dias da falha da menstruação, já é possível identificar o saco gestacional durante a ultra-sonografia. Os níveis sangüíneos de gonadotrofina coriônica (Beta-HCG) podem ser detectados poucos dias após a implantação do ovo e duplicam a cada 48 horas. Este é o momento de iniciar o pré-natal, realizar os exames laboratoriais de rotina, registrar o peso inicial e agendar as consultas mensais.
O segundo mês (entre 6 e 8 semanas)
O embrião duplica o seu tamanho com seis semanas e inicia-se o processo de formação de órgãos vitais como a medula e o cérebro, pulmões, estômago, fígado, pâncreas, intestinos e rins. Os batimentos cardíacos do embrião se iniciam cerca de 28 dias após a fertilização, podendo ser identificados na 7ª semana de gestação por ultra-som transvaginal. Outros órgãos internos continuam o seu desenvolvimento e os esboços de membros diferenciam-se, pouco a pouco, em braços e pernas. Na oitava semana praticamente todos os órgãos internos estão formados e continuam a amadurecer durante a gestação. O embrião agora mede cerca de 1,5 cm de comprimento.
O terceiro mês (entre 9 e 13 semanas)
Agora o bebê é facilmente reconhecido como um pequeno ser humano. Braços e pernas são visíveis, o coração em plena atividade, bombeando o sangue. Os órgãos reprodutivos estão se formando, mas ainda é difícil diferenciar o sexo. A partir da 10ª semana o bebê apresenta atividade corporal exuberante, com flexão e extensão da cabeça e das extremidades, com membros bem definidos. Trata-se de época ideal para a realização de ultra-sonografia do primeiro trimestre, já que além de conhecer com precisão a idade gestacional e a morfologia fetal, ainda é possível avaliar se o bebê apresenta risco para anormalidades genéticas. A medida da transluscência nucal entre 10 e 14 semanas é um importante recurso para identificar fetos com risco aumentado para problemas genéticos, especialmente a Síndrome de Down. O médico ultra-sonografista mede a espessura de uma prega na região da nuca do embrião e avalia o risco para aquele bebê, levando também em conta a idade da mãe.
É importante assinalar que o diagnóstico definitivo da ausência ou presença de qualquer anormalidade cromossômica do feto exige a realização de biópsia de vilo corial ou amniocentese, exames invasivos que devem ser indicados ou não pelo médico obstetra.