Originária de uma mistura de sabe-se lá o que com mais alguma coisa, as chamadas escovas inteligentes mudam de nome a cada estação.
Escapei da escova japonesa, a primeira, difundida em larga escala a partir do uso pela apresentadora Fátima Bernardes que por pouco não teve que se afastar do trabalho por impossibilidade de tirar as madeixas do rosto enquanto apresentava o telejornal.
Em pouco tempo o nome ajustado para escova progressiva, veio cheio de promessas por um cabelo mais liso. Aplicado o produto, profissionais e clientes choravam em meio ao vapor produzido no contato com o secador de cabelos. Nós clientes, olhos vermelhos e cabeleira lisa, saíamos sorridentes do salão, fugindo de todo e qualquer contato com água pelos próximos 3 dias, nada de tiaras, grampos, ou colocar atrás da orelha. Lambisgóias lisas e meio sujinhas.
Apelidadas por algumas de escova agressiva, a técnica evoluiu um pouquinho, assim como os profissionais se aperfeiçoaram na tática de realizá-las ao ar livre, máscaras no rosto, toalhas úmidas para a cliente e a promessa de que a meleca do pote não é nem radioativa e nem ácido corrosivo. O resto deixamo-nos passar, ainda que seja titica de galinha, se a jura for de brilho e maciez – estamos dentro.
Agora busco um novo tipo de escova para meu cabelo, a Escova Compreensiva.
Uma técnica que entenda que meu cabelo reflete o meu humor, ou vice-versa.
A escova compreensiva deixará meus cabelos fáceis de manusear, domados, flexíveis, macios, cheirosos, brilhantes, suaves ao toque e ajeitados logo pela manhã, independente se o dia estiver seco ou úmido, se eu estiver de TPM ou se for Segunda-feira.
Sua vantagem vai além, só precisa ser feita anualmente e não requer nenhum xampu especial, ou creme de tratamento importado, não se desgasta no mar, nem sofre com o cloro.
Ah, escova compreensiva… por favor, seja também escova persuasiva…e me convença de que a moda dos cachos voltou…!
Autora: Simone Mendonça Diniz
www.simonemendoncadiniz.blogspot.com