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Dicas de Estimulação para o Desenvolvimento da Fala em Crianças de 0 a 5 anos

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A little girl is thinking how to do tasks on a tablet at home or complete a game. Mom helps to do homework for her daughter's kindergarten

Quando uma criança apresenta certos sinais que sugerem dificuldades na comunicação oral é possível fazer alguma coisa para ajudá-la, além de buscar um tratamento especializado? Neste artigo, mostrarei que sim e apontarei algumas das principais formas de estimulação que os pais podem promover nos primeiros anos de vida dos filhos para auxiliá-los no desenvolvimento da comunicação oral. Porém, é preciso permanecer alerta. Se mesmo com a realização sistemática de estímulos e atividades, as dificuldades permanecerem, um profissional capacitado deverá ser consultado.

Desde o nascimento, a criança passa por etapas do desenvolvimento da linguagem, etapas preparatórias para adquirir de forma elaborada e eficiente a fala, uma das formas que temos de nos comunicar. O desenvolvimento da comunicação oral envolve os sentidos, os músculos orofaciais e as experiências da criança com as coisas e as pessoas. Para que ocorra de forma plena, os pais precisam, até certo momento, servir como mediadores entre a criança e o mundo que a cerca.

Estimulação sensorial

Como os sentidos (visão, audição, olfato, gustação e tato) servem de “porta de entrada” para experimentar e conhecer o mundo a nossa volta, a cada etapa de desenvolvimento dos filhos, vale a pena oferecer estímulos sensoriais. Seguem abaixo algumas sugestões de estimulação sensorial que podem ser realizadas com crianças de 0 a 5 anos.

Estimulação visual:

  • Apresentar e oferecer objetos simples, coloridos, com formas diferentes e com estímulos luminosos;
  • Movimentar cada parte do corpo da criança para que ela possa percebê-las e identificá-las;
  • Oferecer um espelho para a criança observar sua imagem, as de outras pessoas e objetos;
  • Apresentar imagens de rostos com diferentes tipos de emoção (alegria, tristeza, raiva, cansaço, etc.);
  • Apresentar à criança diferentes ambientes.

Estimulação auditiva:

  • Proporcionar experiências com sons, vozes em diferentes alturas (grave/aguda), intensidades (alto/baixo) e entonações;
  • Cantar e conversar durante os cuidados com a criança;
  • Oferecer diferentes objetos e brinquedos sonoros para alertar a criança quanto aos diferentes tipos de som;
  • Falar e/ou movimentar objetos sonoros fora do campo visual para que ela possa localizar e identificar o som.

Estimulação gustativa e olfativa:

  • Deixar que a criança cheire os produtos utilizados no cuidado da higiene;
  • Levá-la a diferentes ambientes com odores diversificados (na cozinha durante o preparo de uma refeição, em um bosque, pomar, açougue, etc.);
  • Oferecer alimentos variados para que experimente diferentes sabores (doce, amargo, salgado, azedo), desenvolvendo assim o paladar.

Estimulação tátil:

  • Proporcionar durante as rotinas, de higiene principalmente, o contato da criança com diferentes texturas (esponjas, creme, talco, tecido, óleo), sempre nomeando-os;
  • Oferecer objetos com texturas, tamanhos, temperaturas, formas, materiais e pesos diferentes;
  • Incentivar a criança a conhecer seu próprio corpo e o do outro para que ela perceba o seu limite e o espaço que a cerca.

Estimulação oromotora

Outra estimulação importante a ser realizada é a oromotora, que engloba a parte muscular e motora envolvida na comunicação oral (lábios, língua e palato). Como os órgãos que utilizamos para comer (lábios, língua, bochechas, dentes) são praticamente os mesmos que utilizamos para falar, a alimentação tem papel importante no desenvolvimento da fala. É por meio dela que estimulamos e exercitamos os músculos da boca e da face (por meio da mastigação, sucção e deglutição), os quais também participam da produção dos sons que, juntos, formarão as palavras. Para a estimulação oromotora destaco:

  • Realizar o aleitamento materno, que estimula de forma eficiente a musculatura envolvida na sucção, além de proporcionar uma deglutição adequada;
  • Oferecer alimentos de consistência sólida dura, demandando um esforço maior para a mastigação;
  • Servir de modelo para a criança, demonstrando a mobilidade do aparelho fonador, deixando que ela observe e imite os movimentos faciais realizados na produção dos sons, treinando assim a habilidade para a vocalização.

Estimulação da linguagem

Não podemos deixar de fora a estimulação da linguagem propriamente dita:

  • Narrar para o bebê, desde os primeiros dias de vida, o que você está fazendo ou o que está acontecendo ao redor;
  • Praticar diariamente a leitura em voz alta;
  • Brincar de faz-de-conta (representando rotinas do cotidiano ou contos de fadas);
  • Ensiná-lo a utilizar a comunicação gestual (gestos indicativos e representativos), que serve de apoio para a oral;
  • Estimular a fala com conversas, explorando ao máximo a modelagem da linguagem, nos mais variados ambientes possíveis;
  • Incentivar, participar e brincar de jogos que contenham regras (ordem de jogada, modo de interação e tipo de linguagem).

É importante, portanto, que os pais promovam uma estimulação não só da musculatura envolvida na fala, mas também dos sentidos da criança e de sua linguagem. Todas elas podem ser feitas de maneira simples, no dia-a-dia da família, e não devem ser um aborrecimento para a criança, mas antes algo atraente e motivador. E é recomendável que se inicie quanto antes, já que os primeiros anos de vida são críticos para o desenvolvimento das habilidades sensoriais, motoras, cognitivas e linguísticas.

Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador. Divulgado em: Como educar seus filhos (www.comoeducarseusfilhos.com.br)

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