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Ele não tem cara!

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Vamos bater um papo sobre a carinha dos nossos filhos? Tem quem diga que ao nascer parece um joelho, outros já apontam a cara da mãe ou do pai. Certo é que, apesar dos traços, cada filho é único e cada ser também.

Essa explicação tem todo sentido, ganha ainda mais contexto para uma família com filhos inseridos no espectro autista. A carinha de bebê, os traços de criança, eles seguem muitas vezes intactos, mas quando o autismo chega, ele ganha uma nova feição. Aquela mesma pessoa passa a ter um novo registro por ter características próprias. Características estas que nem sempre podem ser vistas, mas ao observarmos melhor, sempre estiveram ali, a criança sorridente que passa a gritar mais, o pequeno que para de falar ou comer.

Por aqui, os olhos azuis, as bochechas rosadas e os cabelos lisos e loiros sempre são vistos antes, mas quando falamos do TEA, o que mais ouvimos é: “ele não tem cara”, mas será que teria que ter? O que se espera, diferente de outras condições, no autismo nem sempre se apresenta associado a comorbidades específicas, que podem ser notadas logo de “cara”, assim o desafio de muitas famílias é a provação diária de que, o que se apresenta nem sempre é o rostinho bonito, mas as inúmeras limitações que o acompanham. E aí, quem muda é a cara de quem pergunta e muitas vezes se surpreende ou se afasta, por não compreender ou entender que além do autismo ainda há uma pessoa, além do autismo ainda há uma família.

Falando de futuro, eles crescem, as carinhas fofinhas, os traços leves vão se perdendo e as características mudando, mas o autismo não passa, ele muda, com o apoio familiar e muita persistência é possível ter muitos avanços para que aquela pessoa possa conviver em grupos e na sociedade sem ser vista como alguém diferente, mas como mais um rosto que todos os dias busca seu lugar no mundo. Para que isso aconteça, todos nós precisamos fazer a nossa parte, com empatia e inclusão, transformando os preconceitos em busca de informação.

Nossa família mudou, nossos papos, ciclo de amigos, nossa maneira de ver o outro e conviver também, por isso, nesse mês em especial, queremos botar a cara, chamar sua atenção e levar uma mensagem: que informação vence a exclusão.

Colaboradora: Isabella Stutz – Jornalista, criadora do projeto @papoemfamilia, casada, mãe atípica, de dois meninos de 6 e 14 anos, de Nova Friburgo – RJ – canalpapoemfamilia@gmail.com
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