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Evite apontar o mau comportamento de seu filho e colha bons frutos

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Em todo meu tempo como mãe e terapeuta, nunca presenciei uma criança gostar que lhe chame a atenção devido a um mau comportamento (nem mesmo adultos gostam – constrange e gera vergonha e humilhação). Isso não quer dizer que não devemos educar nossas crianças, mas de maneira respeitosa. Vou deixar algumas reflexões para você, pai ou mãe, pensar a respeito!

  1. Algumas crianças são extremamente sensíveis às críticas ou propensas à baixa autoestima. Embora o conselho padrão seja criticar o comportamento da criança e não a própria criança, a maioria delas não consegue perceber a diferença. Os adultos podem racionalizar: “Fiz uma coisa ruim, mas no geral sou uma pessoa muito boa.” As crianças geralmente são “pensadoras” em preto e branco. Quando são confrontadas por terem feito algo ruim, elas se sentem totalmente mal. Por isso, devemos sempre mostrar os dois lados da questão, para ajudá-las a pensar melhor sobre o fato ocorrido e sem excesso de criticismos.
  2. Como posso lidar com uma situação com cuidado, sem deixar meu filho fora de perigo? A melhor abordagem é uma estratégia de três passos que chamo de “crítica branda”. Na verdade, também funciona bem com parceiros e colegas de trabalho.

Etapa 1: ofereça uma desculpa para seu comportamento

Comece dizendo: “Eu sei que você não queria” ou “Você provavelmente não percebeu” ou “Eu entendo que você estava tentando”. Isso diz a eles que você sabe que eles são bons garotos – com boas intenções – mesmo quando fazem besteiras.

Etapa 2: diga-lhes o que fizeram de errado e como isso afetou outras pessoas

Diga: “Quando você pegou o brinquedo do seu irmão, ele ficou chateado”. “Da próxima vez, acho que vale a pena você pedir para ele antes de brincar. Que tal?”

Etapa 3: seguir em frente

As crianças não podem desfazer o que já fizeram e não queremos deixá-las presas, sentindo-se mal consigo mesmas. Faça perguntas ao seu filho para ajudá-lo a desenvolver um plano para consertar as coisas, como: “O que você pode fazer para ajudar seu irmão a se sentir melhor?”

Dependendo da situação, você pode sugerir possíveis maneiras de fazer as pazes. Isso pode envolver pedir desculpas, confortar, compartilhar, limpar ou realizar alguma tarefa, como ajudar a tirar a mesa do almoço ou enxugar uma louça. No sentido mais amplo, se seu filho fez algo que magoou a família, ele poderá fazer algo para ajudá-la. E quando eles fizerem algo gentil ou útil para fazer as pazes, expresse gratidão genuína.

  • Como posso ajudar meu filho a encontrar soluções melhores?

Se houver uma situação que é frequentemente difícil para o seu filho, é útil ter uma conversa em que você descreva o problema dizendo: “Por um lado… mas por outro lado…” e depois incentive-o a encontrar possíveis soluções.

Vocês podem começar com uma “chuva de boas resoluções” e depois escolherem a melhor para o momento. Isso ajuda na flexibilidade cognitiva e no desenvolvimento da empatia.

Espero que vocês consigam colocar as dicas em prática!

Dra. Regiane Glashan
Apaixonada pelo mundo perinatal, infanto-juvenil e familiar.
Enfermeira, Especialista em Saúde Pública
Mestre e Doutora em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Terapeuta Familiar, Casal e Individual
Educadora Parental Positiva (PDA – USA)
Educadora Emocional Positiva (Programa Ciranda – MSC Rodrigues)
www.terapeutadebebes.com
@terapeutadebebes_familia
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