Segundo o clínico geral e fisiologista do exercício João Pinheiro (CRM-SP 74.184), só o médico poderá orientar o atleta sobre seus limites físicos, por meio dessa avaliação. “Não basta só se inscrever em uma academia e, logo em seguida, começar a fazer ginástica. Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, é preciso ir ao médico para uma avaliação clínica. Alguns exames serão feitos e os resultados podem ajudar na orientação e prescrição de exercícios em relação à carga de esforço e frequência semanal de treinamento”, explica.
Essa avaliação consiste em anamnese, um questionário que possibilita o médico conhecer um pouco do histórico de saúde e familiar, possíveis lesões que o paciente possa ter sofrido e objetivos a serem atingidos. Medidas corporais como perímetros, estatura, peso, composição corporal: massa magra e gorda, avaliação postural, além de testes específicos de flexibilidade, força, resistência muscular, cardiorrespiratória, equilibro e potência também serão obtidos. “A avaliação física tem como objetivo diagnosticar os pontos fortes e fracos do paciente, além de verificar o condicionamento físico que irá proporcionar informações importantes para a criação de programas de treinamentos adequados”, destaca João Pinheiro.
Avaliação física: quais são os testes?
O fisiologista de exercício João Pinheiro revela quais são os principais exames feitos durante essa avaliação física:
Antropometria
Esse exame determina a medida corporal linear, circunferências ou perímetros, massa ou peso, porcentagem de gordura ou de músculo, vísceras e ossos por meio das dobras cutâneas feitas com plicômetro ou por meio da bioimpedância com o uso de corrente elétrica. “Com esses dados, o personal trainer e o aluno terão informações importantes para montar um programa de treinamento adequado”, afirma Pinheiro.
Teste ardiorrespiratório
Avalia a capacidade cardiorrespiratória por meio de um eletrocardiograma. O paciente passa por um teste de esforço, que consiste em andar e correr na esteira ou pedalar na bicicleta ergométrica para avaliar o esforço e o monitoramento da atividade do coração. Já o ergoespirométrico verifica a capacidade aeróbica as faixas de batimentos cardíacos que vão determinar a intensidade ideal e adequada para o treinamento. Lembrando que todos esses testes devem ser acompanhados por um cardiologista. “Esses exames servem para determinar a resistência cardiorrespiratória, pois quanto maior for a resistência, melhor será o desempenho em exercícios como andar, correr, pedalar ou nadar”, garante o especialista.
Avaliação postural e somatotipológica
Analisa os desvios da coluna vertebral, ombros, joelhos, pés, vícios posturais e desequilíbrios musculares por meio de observação ou fotografia. Já o teste de somatotipológica, verifica a constituição física do paciente como, por exemplo, se é magro, gordo, alto, baixo, forte ou fraco.
Avaliação neuromotora
Essa avaliação analisa a força, resistência muscular localizada e flexibilidade. “O exame para medir a força irá testar a capacidade que a pessoa tem para usar a energia mecânica, vencendo resistências. Já os testes para verificação de resistência muscular são feitos por meio da execução de movimentos repetidos em um determinado espaço de tempo e, é geralmente, feito com abdominais e flexões de braço. Por fim, para analisar a flexibilidade é utilizado um equipamento chamado banco de Wells para medir a capacidade que o músculo consegue se estender”, acrescenta João Pinheiro.
Atenção: é muito importante que alunos hipertensos, diabéticos, cardíacos, com histórico de doença hereditária, hérnias de disco, problemas de desgaste ósseo ou indivíduos com mais de 50 anos procurem um médico antes de iniciar qualquer tipo atividade.
Fonte- João Pinheiro (CRM-SP 74.184), clínico geral e fisiologista do exercício.
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