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Habilidades são aprendidas e não inatas

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Precisamos aprender a desenvolver muitas habilidades, principalmente as que chamam a atenção para a nossa sobrevivência enquanto crianças rumo a autonomia.

Nascemos com alguns dons que herdamos de nossos antepassados e são reforçados por nosso temperamento e por nossa capacidade em nos dedicar a eles. Um exemplo é a música!

Por outro lado, não nascemos com a destreza para comer com garfo e faca. Não existe nenhum código genético que permita que uma criancinha pequena saiba amarrar seu tênis sem a ajuda de um adulto logo de primeira!

Mesmo quando pensamos nas crianças superdotadas, elas seriam incapazes de carregar um pequeno aquário sem derrubar uma gotinha de água. Portanto, as habilidades são aprendidas e não inatas.

As habilidades exigem treinamento, tempo e persistência, tanto de quem executa como de quem ensina. O que estou querendo dizer é que seu filho precisa de tempo para aprender, embora, ele tenha um potencial para vários tipos de aprendizado.

Quanto mais vezes seu filho repete uma atividade, melhor a performance dele e mais as conexões cerebrais se fortalecem. No início, quando seu filho tinha que colocar a calça do pijama, parecia algo confuso e demorado. Com o tempo esta tarefa foi ficando cada dia mais fácil, habilidosa e rápida. Esse simples exemplo nos mostra que conhecimento e experiência são inseparáveis e um estimula o outro.

Quando você ensina e orienta seu filho a dominar as tarefas passo a passo e oferece tempo e disposição para praticar, você está criando e desenvolvendo uma criança competente, confiante e com boa noção de valores pessoais.

Ensinar algo ou uma habilidade específica ao seu filho é mais simples e eficaz quando você modifica a tarefa no sentido de ajudá-lo e de favorecer o aprendizado.

Por exemplo, você quer que seu filho, de cerca de 3 anos, aprenda a se servir de leite pela manhã e evite derrubar e molhar a mesa. Não adianta deixar a caixa de leite perto dele e pedir que ele se sirva. A caixa de leite é pesada, sua geometria não favorece o “apanhar” das pequenas mãozinhas da criança e o entornar é muito pesado e instável.

Que tal colocar o leite em uma jarrinha plástica e estimular que seu filho se sirva? Isso é trabalhar a favor das habilidades de seu filho e do desenvolvimento de conexões cerebrais. A criança desenvolve o senso de “eu posso – eu consigo”. A autoestima se eleva, você consegue melhor participação da criança em outras atividades da casa (compatíveis com a idade dela) e de quebra tempo e bom humor para você.

Fique por perto, encoraje os esforços e comemore as habilidades aprendidas!

A maioria dos pais costumam me perguntar como eles podem ajudar a desenvolver as habilidades das crianças sem fazer por eles ou sem perderem a paciência e fazer por eles – Talvez seguir os passos a abaixo sejam uma boa dica:

  • Planejar com antecedência a habilidade que você quer ensinar ao seu filho (amarrar o tênis, servir o leite/água/suco, comer de colher),
  • Envolva seu filho no planejamento (escolha com ele a jarrinha de leite, a colher para comer etc.),
  • Ofereça escolhas limitadas (“você quer comer com a colher azul ou a colher vermelha?”)
  • Faça perguntas que estimulem a curiosidade e o engajamento (“Você se lembra de como dar o laço no seu tênis? Você pode me mostrar?”)
  • Faça sempre o acompanhamento com gentileza e respeito (as crianças precisam de repetição, persistência e constância para aprenderem melhor).
  • Estamos falando e lidando com crianças pequenas. Portanto, falhas e erros podem acontecer. Sejamos pacientes e amorosos com os pequenos!

E aí, você já pensou qual habilidade você vai ensinar ao seu filho?


Dra. Regiane Glashan
Apaixonada pelo mundo perinatal, infanto-juvenil e familiar.
Enfermeira, Especialista em Saúde Pública
Mestre e Doutora em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Terapeuta Familiar, Casal e Individual
Educadora Parental Positiva (PDA – USA)
Educadora Emocional Positiva (Programa Ciranda – MSC Rodrigues)
www.terapeutadebebes.com
@terapeutadebebes_familia
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