Clique e acesse a edição digital

Homens também podem ter depressão pós-parto

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Portrait of tensed man with wife carrying baby in background at home

O assunto não é novidade, mas novas pesquisas dão novas pistas de como essa depressão acontece, os sintomas e de que forma ajudar o pai com o problema. Para você, profissional da Saúde na Primeira Infância, este post é essencial.

Uma pesquisa, publicada na revista The Journal of American Medical Association, detectou que a Depressão Pós-Parto Masculina (DPP) atinge 10,4% dos pais, alcançando o ápice entre o terceiro e o sexto mês após o nascimento do bebê.

Também detectou que essa condição pode piorar se associada à depressão da mãe, chegando a apresentar o dobro de frequência no homem cuja esposa está deprimida.

Os efeitos da depressão acabam por desestabilizar a organização familiar e a comprometer o bem-estar do bebê. As consequências dessa depressão, segundo especialistas, podem ser duradouras e afetar o comportamento e o desenvolvimento emocional de crianças entre três e seis anos, principalmente sobre os meninos.

O tratamento indicado é o mesmo para as depressões convencionais: acompanhamento psicológico e psiquiátrico, quando necessário.

Sintomas habituais da DPP: desesperança, pessimismo, tristeza profunda, culpa, fadiga, morosidade, dificuldade de concentração, de tomar decisões e de memória, desinteresse pelas atividades do dia a dia, para atividades antes prazerosas como o sexo, pensamentos mórbidos ou suicidas, impaciência, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, doenças psicossomáticas (insônia ou hipersonia), distúrbios alimentares, dores de cabeça, distúrbios digestivos e/ou dores crônicas.

Existem outros sintomas mais específicos que podem passar desapercebidos: trabalhar demais e/ou fazer atividades com a finalidade inconsciente de escapar da vida doméstica (TV ou esporte em excesso, por exemplo), utilizar bebida e/ou automedicação em excesso, ferir-se e/ou sofrer acidentes com frequência, apresentar atitudes hostis, agressivas, descontroladas e/ou impulsivas (iniciar um caso extraconjugal ou abandonar a família justamente no pós-parto).

Diagnosticar precocemente é essencial e, para isso, é preciso quebrar velhos paradigmas e olhar para o pai de outro jeito. Um problema no diagnóstico de DPP masculina é justamente o de os homens não reconhecerem e não serem reconhecidos em seu sofrimento.

Por isso, seu papel como profissional da Saúde é justamente ajudar esses pais a vencerem barreiras para identificar se estão ou não passando por um processo depressivo pós-parto. Mostrar-lhes que são seres humanos e que a chegada de um bebê pode mesmo “assustar”, incentivando-os a buscar um apoio profissional.

Este post foi inspirado no trabalho “Depressão Pós-Parto Masculina”, de Vera Iaconelli, Psicanalista, Mestre e Doutoranda em Psicologia pela USP, Membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, Coordenadora do Instituto Gerar de Psicologia Perinatal.

Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador.

Divulgado em: Blog da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Parto Normal vs Cesárea

Principais pretextos para cesariana sem respaldo científico *Dra. Melania Maria Ramos de Amorim Nos artigos anteriores desta série, apresentamos a magnitude do problema das cesarianas

Leia Mais »

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!