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INTERAÇÃO INFANTIL

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Desde o momento em que a criança nasce ela cria meios de interação com o mundo externo. As formas muito limitadas de comunicação só são possíveis por meio de estímulos, como o choro, o berro e o sorriso. Cada uma delas trazem um significado que tem a ver com o sentimento, o instinto de sobrevivência e o bem-estar da criança.
Segundo Diana Rocha, educadora do Lar Escola Cairbar Schutel (LECS), “até desenvolver sua capacidade de interação social, o pequeno depende muito da participação familiar para facilitar o seu elo com o mundo”. Mas e quando a criança não tem família, o que acontece? E quando não há um bom convívio entre filhos e pais ou estes não estão em condições adequadas para criar seus descendentes longe de quaisquer riscos sociais, o que podemos fazer?
Diana afirma que “trabalhar com crianças é, antes de tudo, um grande desafio. Isso porque tudo aquilo que interfere na vida infantil pode influenciar na vida adulta, no seu comportamento individual e na tomada de decisões e escolhas” Assim, pode-se dizer que a formação de cada ser humano acontece não a partir do momento em que terminamos o ensino médio ou nos graduamos, mas sim a partir da infância, quando as conexões entre a criança com outras pessoas e o mundo começam a se desenvolver.
Viver longe da convivência social humana não possibilita, ao indivíduo, que ele adquira conhecimentos que serão importantes ao longo de sua vida, além de que prejudica sua formação individual. “A interação social na infância consiste no relacionamento da criança com tudo aquilo que está ao seu redor”, explica a assistente. “Por meio de objetos, ela desenvolve a capacidade de raciocínio e domínio de técnicas básicas; pelo convívio com adultos, aprende a se controlar emocionalmente, a encontrar soluções para os problemas e a se guiar diante dos obstáculos da vida; pela interação com outras crianças, ela se conhece e perde o medo da solidão ao descobrir que pessoas da sua mesma idade possuem pensamentos, idéias, sentimentos e dificuldades em comum”, completa.
Quando a convivência com a família não é harmoniosa ou simplesmente não tem um acolhimento de um lar, a interação da criança com outras pessoas tende a ser mais complicada. Para Diana Rocha “a perda ou dificuldade do convívio familiar faz com que o pequeno se isole do mundo e se senta inferior em relação às demais crianças da mesma idade. Se este sentimento não for combatido, ela viverá sempre em conflito interior, crescerá junto com os traumas de sua infância e não terá uma vida saudável e equilibrada”.
Sobre o acolhimento social e acompanhamento psicológico, a educadora diz que estes dois elementos “fazem toda a diferença para que a criança em situação de abandono veja o mundo com outros olhos e que não se sinta excluída, rebaixada e insegura diante dos desafios que a vida, sempre, irá lhe proporcionar”.
Diana fala também sobre a fase de adaptação da criança no início do acolhimento, em que ela cria resistências contra qualquer sinal de mudança em seu modo de viver. “Quando acolhemos uma criança é comum ela estranhar tudo aquilo que lhe oferecemos. Nossas ofertas de abrigo, de início, não são bem aceitas. Sua única preferência será pela pelo meio comum em que a criança vivia, apesar de quaisquer dificuldades ou riscos social”, afirma. Mas e quando é que esta fase de estranhamento acaba? A resposta da assistente é bem simples: “quando ela passa a interagir com outros indivíduos de sua idade e se enxerga como ser integrante daquela comunidade”. É a partir daí que a criança se sentirá protegida e perceberá que o acolhimento lhe fez bem.
A educadora ainda acrescenta: “para nós que prestamos assistência social infantil a meninos e meninas em situação de risco social, é fundamental olharmos a criança enquanto criança, mas não podemos, de forma alguma, perder o foco da realidade. Precisamos fazer com que ela veja o mundo como ele é, cheio de problemas e soluções”. A ideia do acolhimento é fazer com que se sinta socialmente igual em relação as demais crianças, inclusive àquelas que vivem, de forma harmoniosa, com suas famílias. “Para isso, oferecemos todos os suportes necessários para que consigam olhar para o mundo de outra forma e que possam superar todos os obstáculos, tanto na infância, quanto na adolescência e na fase adulta, com mais equilíbrio e segurança. Isso fará com que sejam, um dia, adultos de valor, ética e responsabilidade”, afirma Diana.

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