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Introdução alimentar – O que diz a nova diretriz da OMS

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Shot a smiling woman sitting in the kitchen with her adorable baby and feeding her.

As diretrizes atualizadas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre introdução alimentar, reafirmam a importância de uma abordagem cuidadosa, baseada em evidências, para a alimentação de lactentes e crianças pequenas. Essas orientações têm como objetivo promover o crescimento e desenvolvimento adequados, prevenir deficiências nutricionais e reduzir o risco de doenças crônicas a longo prazo.

De acordo com a OMS, a introdução alimentar deve ocorrer por volta dos 6 meses de idade, quando o leite materno isoladamente já não é suficiente para atender às demandas nutricionais do bebê. No entanto, o aleitamento materno deve ser mantido como principal fonte de nutrição até os 12 meses e, de forma complementar, até os 2 anos ou mais. A introdução de alimentos complementares deve ser gradual, oferecendo uma variedade de alimentos ricos em nutrientes, adequados à idade, seguros e preparados de maneira higiênica.

Entre as recomendações destacadas pela diretriz, publicada em 2023, estão:

  1. Textura e Consistência: Alimentos devem ser inicialmente pastosos ou em forma de purê, progredindo para alimentos mais sólidos conforme a criança demonstra capacidade de mastigar.
  2. Frequência e Quantidade: A frequência e quantidade devem aumentar com o tempo, de acordo com a necessidade energética da criança, evitando superalimentação ou introdução precoce de alimentos com baixa densidade nutricional.
  3. Variedade Alimentar: A oferta de alimentos variados, incluindo frutas, vegetais, cereais integrais, proteínas animais ou vegetais e gorduras saudáveis, é essencial para garantir uma ingestão nutricional balanceada.
  4. Evitar Alimentos Ultraprocessados: A introdução de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras não saudáveis e sódio, deve ser evitada devido aos riscos de obesidade infantil e deficiências nutricionais.
  5. Evitar Sal e Açúcar Adicionados: A adição de sal e açúcar aos alimentos de bebês deve ser evitada, pois pode impactar negativamente a saúde metabólica e o desenvolvimento do paladar.

Além disso, as diretrizes alertam sobre o cuidado com alimentos que apresentam risco de asfixia, como nozes inteiras e pedaços grandes de frutas duras. O papel dos cuidadores na criação de um ambiente alimentar positivo e responsivo também é enfatizado, incentivando interações que promovam a autonomia da criança.

Outro ponto de destaque é a relação entre as escolhas familiares e a indústria alimentícia. Dentre esses pontos, podemos citar:

  1. A preocupação com o marketing abusivo de produtos que competem com a amamentação e influenciam nas escolhas das famílias;
  2. O alerta quanto ao uso excessivo e desnecessários de fórmulas infantis, compostos lácteos e “leites de crescimento”. Produtos que não apresentam vantagens nutricionais, têm maior custo, podem interferir de forma negativa na diversidade e formação do hábito alimentar da criança.

E finalmente, o documento reforça a importância de programas de saúde pública que orientem pais e cuidadores sobre a introdução alimentar, especialmente em populações vulneráveis, onde há maior risco de desnutrição ou práticas inadequadas de alimentação.

A introdução alimentar adequada, conforme preconizado pela OMS, tem o potencial de influenciar positivamente a saúde ao longo da vida, reduzindo a prevalência de doenças crônicas e promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância. Se quiser saber mais, acesse: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/373358/9789240081864-eng.pdf?sequence=1

Dr. André Veinert
Formado pela Faculdade de Medicina da UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto. Especialista em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN (RQE 69663) e Área de Atuação em Nutrição Parenteral e Enteral pela BRASPEN. Preceptor da Residência de Nutrologia do Hospital IGESP – São Paulo. Capacitação em obesidade e Lifestyle medicine pela Havard Medical School.
andre.veinert@healthme.com.br
@andrenutrologo
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