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Métodos recomendados de introdução da alimentação complementar

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Baby eating breast milk. Mother breastfeeding her baby boy. Concept of lactation.

Os primeiros mil dias do bebê devem ser marcados por hábitos alimentares saudáveis. Após o nascimento, a prática do aleitamento materno exclusivo (AME) e o início da introdução da alimentação complementar (IAC) irão repercutir no estado nutricional do indivíduo e na sua saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o AME deve ser exclusivo até o sexto mês de vida do bebê e ressalta a inadequação para oferta de água, chás, leite não humano e alimentos fortificados antes desse período. A oferta de alimentos precocemente para bebês está relacionada com o aumento de infecções gastrointestinais, respiratórias e dificuldade alimentar no futuro.

A partir do sexto mês de vida, o leite materno (LM) não contempla ao bebê a quantidade de calorias e nutrientes suficientes. Assim, se torna necessária a inserção de novos alimentos. Essa fase deve acontecer de forma lenta e gradual, respeitando os sinais de prontidão do bebê, sendo ofertados todos os grupos alimentares e excluídos os alimentos industrializados.

O guia alimentar para menores de 2 anos de idade contempla todas as fases da alimentação da criança, do seu nascimento até os 24 meses. Ele ressalta a importância do cuidado com a formação do hábito alimentar, destacando que esta atividade é responsabilidade de todos os integrantes da família. Com o conceito de alimentação saudável esclarecido para todos, há reflexo em práticas corretas e mitigar-se os conflitos durante o processo.

A OMS e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam a oferta de alimentos na consistência de purê, sendo amassados com o garfo e não liquidificado. Ressaltam que a evolução da consistência da alimentação deve acontecer conforme o desenvolvimento do bebê. Esse método é intitulado de tradicional. Os responsáveis pelo IAC devem promover um ambiente agradável e respeitar os sinais de fome e saciedade do bebê.

No ano de 2008, foi apresentado o método Baby-Led Weaning (BLW), traduzindo ao português é o desmame guiado pelo bebê. Esse método foi desenvolvido pela enfermeira britânica Gill Rapley. Esse método proporciona autonomia alimentar, consciência sobre fome, saciedade e estimulação sensorial. Nele, os alimentos são oferecidos na forma de tiras com cortes longitudinais e a família é responsável pelo preparo do alimento e auxiliar o bebê durante sua alimentação.

Como terceira opção, recomenda-se o método particiATIVO. Essa abordagem propõe para família e o bebê uma alimentação mais flexível, respeitosa e principalmente, identificando os sinais de que o bebê manifesta sendo estimulado com os alimentos. No participativo, os alimentos são oferecidos ao bebê sem sua consistência natural. Essa ação, favorece ao ato de comer pois engloba as características do método tradicional, BLW e a cultura alimentar da sua família.

Embora exista muita informação, relacionando a utilização da IAC conforme as recomendações da OMS e SBP com saúde e boa nutrição ao desenvolvimento da criança, existem registros de práticas inadequadas. Durante o atendimento clínico nutricional há muitos relatos equivocados da aplicação destas orientações como a oferta de líquidos durante o AME, iniciam a IAC precocemente e utilizam alimentos industrializados com açúcar, sal e conservantes.

Nutricionista
Débora Christina
Nutricionista Infantil e Escolar. Especialista em Nutrição Clínica Pediátrica; Nutrição Clínica e Terapia Nutricional; Alimentos, Nutrição e Saúde no Espaço Escolar e Mestre em Saúde Pública. Atendimento clínico para bebês a partir do 6° mês até crianças com 12 anos.
@nutrideborachristina
(45) 99904-1285
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