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Mito ou Verdade?

Tempo de Leitura: 5 minutos
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a little girl with a smartphone phone in her hands sits and presses very sweet

Este mês eu trago 5 fatos que são ditos por aí sobre o desenvolvimento motor como verdades absolutas, mas será? Vem comigo!

Você já se pegou roendo as unhas por causa de um comentário sobre o desenvolvimento do seu filho? Calma, mãe! Muitas vezes, as famosas “receitinhas de vó” não têm base científica e só servem para aumentar a nossa ansiedade. Vamos separar o joio do trigo e entender o que realmente importa para o desenvolvimento saudável dos nossos pequenos.

  1. Uso de eletrônicos prejudica o desenvolvimento motor!

Verdade! O uso excessivo de eletrônicos, como smartphones e tablets, em crianças pequenas pode ter um impacto negativo no desenvolvimento motor. A exposição prolongada a telas limita o tempo dedicado a atividades físicas e brincadeiras que estimulam a coordenação motora, o equilíbrio e a força muscular. Ao invés de explorar o mundo ao redor e interagir com objetos, as crianças tendem a ficar passivas, observando as telas. Essa falta de estimulação pode levar a atrasos no desenvolvimento de habilidades motoras finas e grossas, essenciais para o aprendizado e a vida cotidiana. Além disso, o sedentarismo associado ao uso excessivo de eletrônicos pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde como obesidade e dificuldades de concentração. É fundamental estabelecer limites para o tempo de tela e incentivar as crianças a brincarem ao ar livre e a praticarem atividades físicas. Além disso o excesso de telas pode interferir no desenvolvimento cerebral, prejudicando a formação de conexões neuronais importantes para o aprendizado e a coordenação motora.

A Sociedade Brasileira de Pediatria possui uma recomendação do tempo ideal de exposição às telas de forma que não haja prejuízo do desenvolvimento: até 2 anos recomenda-se 0 telas, de 2 a 5 anos até 1h/dia, de 6 a 10 anos até 2h/dia e de 11 a 18 anos o recomendado é entre 2 e 3h/dia.

2. Bebês precisam de muitos brinquedos para se desenvolverem!

Mito! É um mito pensar que os bebês precisam de uma infinidade de brinquedos para se desenvolverem de forma saudável. A verdade é que a quantidade de brinquedos não é diretamente proporcional ao desenvolvimento infantil. Muito mais importante do que a quantidade é a qualidade da interação da criança com os objetos à sua volta. Um simples pano macio, uma colher de pau ou uma caixa de papelão podem se transformar em fontes inesgotáveis de descobertas e aprendizado. O que realmente estimula o desenvolvimento infantil é a oportunidade de explorar o mundo com os sentidos, manipular objetos e interagir com as pessoas. Afinal, são através dessas experiências que os bebês constroem suas habilidades motoras, cognitivas e sociais.

Estudos apontam que crianças que possuem menos brinquedos são mais criativas e imaginativas. Pensa comigo, uma criança que possui tipos de aviões de brinquedo, nunca irá fazer de um lápis um super avião, não é mesmo?! Então aqui a dica que vale é menos é mais!

3. Bebês que não engatinham podem apresentar dificuldades no desenvolvimento!

Verdade! Embora nem todos os bebês engatinhem, a fase do engatinhar é considerada um marco importante no desenvolvimento infantil. Essa etapa proporciona diversos benefícios para a criança, como o fortalecimento dos músculos, a coordenação motora e o desenvolvimento da percepção espacial. Estudos indicam que bebês que pulam essa fase podem apresentar um maior risco de dificuldades de aprendizado, coordenação e equilíbrio no futuro.

4. Usar o andador é bom para o bebê andar!

Mito! É um mito muito comum acreditar que o uso de andadores auxilia os bebês a aprenderem a andar mais rápido. Na verdade, os andadores podem atrasar o desenvolvimento motor da criança. Ao utilizar o andador, o bebê não precisa se esforçar para se sustentar e coordenar os movimentos, o que pode enfraquecer os músculos das pernas e prejudicar o desenvolvimento do equilíbrio. Além disso, os andadores podem ser perigosos, pois os bebês podem alcançar locais elevados e se machucar, muitos acidentes domésticos documentados em hospitais ocorrem devido ao uso de andadores. Além disso alguns bebês que aprendem a andar no andador podem apresentar uma marcha na ponta dos pés devido a um encurtamento muscular. Você não quer isso para o seu filho, não é mesmo?!

5. Cada criança tem seu tempo!

Verdade! Esse é um importante ponto que quero abordar com vocês, sim cada criança tem seu tempo, mas é preciso interpretar essa frase com cautela! Isso não quer dizer que uma criança de 2 anos que não anda está no seu tempo! Sim, cada criança tem seu tempo, mas existe uma janela de tempo correta para adquirir cada marco motor. E quem deve saber essa janela de tempo? O profissional que acompanha seu filho, portanto a escolha de um profissional que esteja atualizado é muito importante!

Na era digital eu sei que vocês mamães possuem livre acesso a essas informações, mas lembrem-se a maternidade já é complexa demais, cheia de desafios, vocês não precisam de mais essa responsabilidade para si mesmas!

Espero ter elucidado e acalmado alguns corações por aqui. Até o próximo mês! Com amor, Pati.

Dra. Patrícia Lattaro
Fisioterapeuta, mãe do Gabriel, apaixonada por bebês e seu desenvolvimento, pós-graduada em Reabilitação Neurofuncional pela Universidade Federal de São Paulo. Há 15 anos uso meu conhecimento para auxiliar famílias a entender o desenvolvimento de seus bebês de forma descomplicada.
patilattaro@gmail.com
@patricialattaro.fisio
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