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Molusco contagioso: tudo o que você precisa saber sobre essa infecção viral

Tempo de Leitura: 4 minutos
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molusco-contagioso

O molusco contagioso é uma infecção viral que ocorre com maior frequência em crianças e resulta no surgimento de pequenas bolinhas arredondadas da cor da pele ou avermelhadas, acompanhadas de coceira ou inchaço. Essas lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A infecção é transmitida pelo contato direto com a pele de pessoas infectadas ou pela exposição à água contaminada, como em piscinas ou banheiras.

Embora o molusco contagioso geralmente desapareça por conta própria, é aconselhável consultar um dermatologista para obter o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de pomadas, crioterapia ou laser, ajudando a eliminar as lesões e reduzir o risco de transmissão para outras pessoas.

Sintomas do molusco contagioso:

O sintoma principal do molusco contagioso é o surgimento de pequenas bolhinhas na pele, que apresentam as seguintes características:

• Protuberâncias firmes e pequenas, com diâmetro entre 2 mm e 5 mm;

• Presença de um ponto mais escuro no centro;

• Podem aparecer em qualquer região do corpo, exceto nas palmas das mãos e solas dos pés;

• Podem surgir isoladas ou agrupadas em forma de linha;

• Geralmente são peroladas e da cor da pele, mas podem ficar vermelhas e inflamadas.

Se a infecção foi transmitida por contato íntimo, as lesões podem aparecer nos órgãos genitais, ânus, abdômen ou parte interna das coxas. Em crianças, as bolhas costumam surgir mais frequentemente no rosto, tronco, braços ou pernas. Os sintomas podem aparecer de 2 semanas a 6 meses após a infecção, sendo importante consultar um dermatologista ao notá-los para receber o tratamento apropriado.

Confirmação do diagnóstico:

O diagnóstico do molusco contagioso é realizado por um dermatologista através da avaliação das características das lesões, como tamanho, localização, cor e quantidade. Em alguns casos, podem ser necessários exames adicionais como dermatoscopia ou histopatologia, para confirmar o diagnóstico e descartar outras doenças com sintomas semelhantes.

Causas possíveis:

O molusco contagioso é causado pelo vírus poxvírus, que infecta as células da camada mais superficial da pele, chamadas queratinócitos. O vírus não penetra no corpo nem afeta órgãos internos. Ele impede a reação do sistema imunológico, permitindo que as lesões persistam por meses antes de desaparecerem espontaneamente.

Como ocorre a transmissão:

O vírus pode ser transmitido por:

• Contato direto de pele com uma pessoa infectada;

• Uso de objetos contaminados, como toalhas, roupas ou brinquedos;

• Exposição à água contaminada, como em piscinas ou saunas;

• Contato sexual com uma pessoa infectada.

Além disso, as lesões podem se espalhar para outras partes do corpo se forem coçadas.

Tratamento:

Nem sempre é necessário tratar o molusco contagioso, pois as lesões costumam desaparecer sozinhas em 6 meses a 2 anos. No entanto, o dermatologista pode recomendar tratamentos para evitar a transmissão do vírus, o aparecimento de novas lesões ou por razões estéticas. Os principais tratamentos incluem:

1. Pomadas:

Podem ser prescritas pelo dermatologista para causar uma reação inflamatória e facilitar a recuperação. As principais pomadas incluem podofilotoxina, hidróxido de potássio, ácido salicílico, entre outras.

2. Remoção cirúrgica:

As lesões podem ser removidas cirurgicamente através de técnicas como crioterapia, curetagem ou laser, realizadas com anestesia local.

3. Comprimidos:

Alguns medicamentos orais, como a cimetidina, podem ser uma alternativa ao tratamento cirúrgico, especialmente em crianças.

Cuidados durante o tratamento:

Durante o tratamento, é importante adotar alguns cuidados para evitar a propagação da infecção:

• Lavar as mãos frequentemente com sabonete neutro;

• Manter as lesões limpas, secas e cobertas;

• Evitar coçar ou cutucar as lesões;

• Não tentar remover as bolhinhas por conta própria;

• Usar hidratantes indicados pelo médico para evitar coceira;

• Não compartilhar objetos pessoais;

• Evitar piscinas, contato íntimo e atividades físicas que envolvam contato direto ou compartilhamento de objetos.

Esses cuidados ajudam a prevenir a disseminação do vírus e o aparecimento de novas lesões. Se ficou alguma dúvida, estou sempre aqui para ajudar!


Dra. Carla Spido Marchioro
Médica apaixonada por pele, mas acima de tudo por pessoas! Aliando saúde, bem-estar e estética, na busca da sua melhor versão.
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Pós-graduada pela IPCG e Especializada em Cosmiatria
@dracarlamarchioro
carlasmarchioro@gmail.com
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