Por Dr. Eliezer Berenstein*
O avanço da tecnologia na medicina veio para ajudar e muito, principalmente na área de ginecologia e obstetrícia. Até alguns anos atrás o médico ou a parteira sabiam se o bebê estava vivo ouvindo seu coração por um rudimentar instrumento chamado Estetoscópio de Pinar e, só com o nascimento era analisado o seu estado de saúde.
A ultrassonografia foi inicialmente desenvolvida no campo da medicina na década de 70 e passou a fazer parte dos meios de exame de saúde a partir dos anos 80 com a finalidade de diagnosticar a gestação. É um meio de check-up não invasivo, baseado na captação dos ecos teciduais originados pela emissão de feixes ultra-sônicos e sendo assim não oferece riscos ao feto e a gestante.
Ao utilizar a ultrassonografia no pré-natal, é possível identificar e reduzir muitos problemas de saúde que costumam atingir a mãe e seu bebê. Doenças ou disfunções podem ser detectadas precocemente e tratadas de forma rápida, pois desde fases precoces da vida intra-uterina o feto pode perceber o som, engolir, sonhar e até reconhecer a voz da mãe.
No primeiro trimestre é possível visualizar o embrião e atestar sua vitalidade. O mais indicado nessa fase é a ultrassom via transvaginal. Durante o segundo trimestre da gravidez, uma pesquisa anatômica do feto é realizada e cada aspecto da anatomia fetal medido e documentado. No terceiro trimestre temos uma visão clara da anatomia (face, órgãos internos, coração e etc.) que auxiliam decisões sobre os procedimentos durante o parto.
*Fundador da Clínica Berenstein de Atendimento à Mulher é especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira daSociedade de Ginecologia e Obstetrícia.