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Parto pélvico: entenda o que é e quais os cuidados necessários

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Quando chega a hora do parto, a maioria dos bebês se encontra em uma posição que permite o nascimento de cabeça pelo canal do parto. Acontece que nem sempre isso ocorre porque alguns ficam sentados, dando origem ao chamado parto pélvico. Para esses casos a cesariana sempre foi a solução mais recomendada, mas certos especialistas têm questionado essa orientação.

 Como o parto pélvico acontece?

A maioria dos bebês é posicionada de cabeça para baixo no útero para que possam sair pela vagina de cabeça. Ocorre que às vezes o bebê está em uma posição sentada e isso é chamado departo pélvico. Muitas vezes não há qualquer razão óbvia para explicar essa situação extraordinária.

Em algumas mulheres determinados fatores podem influenciar. Alguns deles são trabalho de parto antes de 37 semanas, muito ou pouco líquido amniótico em torno do bebê, mais de um feto no ventre, comprimento do cordão umbilical e tamanho do útero.

Além disso, um estudo norueguês publicado no British Medical Journal indica que os bebês são duas vezes mais propensos a ter um parto pélvico se um ou ambos os pais tenham nascido nessa posição. A pesquisa sugere que existem fatores genéticos, repassados ​​por pais e mães, que criam uma predisposição para que ele fique na mesma posição.

Muitas vezes o médico é capaz de virar o bebê de uma posição pélvica para a posição normal através de um procedimento chamado versão cefálica externa. Caso ele tenha sucesso antes do início do trabalho de parto, é possível ter um parto vaginal sem problemas.

 É preciso uma cesariana nesses casos?

Um assunto amplamente discutido é a necessidade de cesárea nesses casos. Até 1959 partos naturais eram os mais comuns, mas então foi proposto que todos partos pélvicos passassem a ser feitos através de cesariana para reduzir a morbidade e mortalidade perinatal. É o que indica um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology.

Atualmente a maior parte dos bebês nessa posição nasce por cesariana planejada, mas um parto vaginal pode ser considerado em certas situações. Ambos apresentam riscos nos casos de parto pélvico, mas especialistas indicam que as complicações são maiores com o parto vaginal do que com uma cesárea programada.

É que em posição pélvica o corpo vem em primeiro lugar, deixando a cabeça do bebê por último. Pode acontecer de o corpo não esticar o colo do útero o suficiente para permitir que saia facilmente. Assim, há um risco de que a cabeça ou os ombros fiquem presos contra os ossos da pélvis da mamãe.

Outro problema que pode acontecer no parto vaginal é um prolapso do cordão umbilical. Ele pode escorregar para dentro da vagina antes de o bebê nascer. Se houver pressão sobre o cabo ou ele se tornar comprimido, é capaz de diminuir o fluxo de sangue e oxigênio para o bebê.

Por outro lado, a cesárea pode ser complicada como qualquer outra cirurgia de grande porte devido a infecção, sangramento ou lesão de órgãos internos. Muitas vezes até o tipo de anestesia utilizada causa problemas. Se ocorrer uma ruptura do útero ou complicações com a placenta é possível a ocorrência de problemas em futuras gestações.

É preciso conversar bastante com seu médico para determinar o caminho a seguir. Ele irá avaliar os riscos e os benefícios de cada um dos partos em detalhes. A partir da escolha, também dará orientações específicas a seguir. Buscar um profissional que tenha experiência em partos pélvicos é uma boa dica.

Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador.

Divulgado em:  www.doutissima.com.br

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