Um bebê respira cerca de três vezes mais rápido do que um adulto. A respiração do recém-nascido geralmente é em torno de 30 a 60 vezes por minuto, um adulto respira entre 16 a 20 vezes por minuto. Com o passar do tempo, a frequência de respiração da criança vai diminuindo, até que, por volta de 9 anos, já se parece com a de uma pessoa adulta.
Outra grande diferença é que nos bebês as respirações são irregulares. Algumas são mais fortes, profundas e rápidas, outras mais devagar, superficiais e lentas. Esta falta de padrão é completamente normal nos primeiros meses, então, não precisa se preocupar.
Como saber se a respiração do bebê está normal
Existem variações na frequência e no ritmo respiratórios, se ela está agitada ou em repouso. A respiração do recém-nascido será diferente quando ele estiver:
● Mamando
● Dormindo
● Chorando
Importância de monitorar a respiração do seu bebê
É recomendado sempre colocar o seu filho para dormir de barriga para cima. Por imaturidade do sistema nervoso central, os recém-nascidos têm menos capacidade de reconhecer que estão sufocando. Eles não costumam acordar ou mudar de posição quando estão com dificuldade para respirar durante a noite.
Além de dormir de barriga para cima recomenda-se nunca cobrir a criança com lençóis ou colchas, nem deixar outros objetos no berço que ofereçam risco de sufocamento.
Como avaliar a respiração do bebê
Para checar a respiração durante o sono, se aproxime sem tocar no bebê e confira se as laterais do nariz estão se movendo, se o abdômen sobe e desce com regularidade, se os sons do ar entrando e saindo estão presentes.
Para te ajudar, separei alguns comportamentos comuns dos recém-nascidos: o peito subindo e descendo à medida que respira, espirros (não se preocupe, recém-nascidos espirram com bastante frequência, sons da respiração mudando quando você muda de posição.
Por que os bebês são mais propensos a desenvolverem infecções e insuficiências respiratórias?
1- Os lactentes até os seis meses possuem respiração nasal. Dessa forma, qualquer condição que acarreta obstrução das vias aéreas superiores dificultam a entrada de ar para os pulmões.
2- O fato de respirarem mais rápido naturalmente e possuírem musculatura respiratória menos desenvolvida predispõem com maior frequência a fadiga respiratória.
3- As vias aéreas dos lactentes são menores e mais curtas. Dessa forma, patologias respiratórias que reduzem o diâmetro das vias aéreas, mesmo que minimamente, estão relacionadas a um aumento do trabalho respiratório e da resistência ao fluxo de ar.
E quando o bebê estiver resfriado?
Como a respiração do bebê é praticamente toda pelo nariz, qualquer resfriado pode prejudicar sua respiração, aumentando a frequência e o esforço das inspirações. Dessa forma, para ter certeza de que o bebê consegue respirar bem é importante manter o narizinho dele livre de secreções por meio de limpezas com soro fisiológico e se haver necessidade passa por uma avaliação com o Fisioterapeuta Respiratório avaliar e orientar o seu bebê.
Dra. Thais S. Rodrigues
Fisioterapeuta, apaixonada pela área da fisioterapia respiratória, formada pela Universidade Metodista de Piracicaba.
Pós-graduada em Terapia intensiva, Fisioterapia Neurofuncional pediátrico e adulto, Cuidados Paliativos e Oncologia. Há 9 anos Reabilitando Vidas.
@drathaissoleira