Para as mães de primeira viagem, a gestação é um momento de repouso, ou seja, ela não pode fazer suas tarefas diárias, deve evitar dirigir, cozinhar, etc..
Os médicos só recomendam repouso absoluto quando a gestante corre risco de sofrer um aborto espontâneo, nos casos de placenta baixa, diminuição do líquido amniótico, entre outros. Se você não sofre complicações na gravidez não há perigo, por exemplo, de dirigir.
De acordo com o Ginecologista e Obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho (CRM-107997), no Código de Trânsito Brasileiro, não há uma lei que proíbe a gestante de dirigir. “No primeiro trimestre de gravidez, a gestante deve evitar dirigir por causa dos enjoos e tonturas que são frequentes”, afirma.
Em 1997, não era permitido a mulher dirigir a partir do quinto mês de gestação, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Mas, com o tempo ele foi atualizado e hoje não há restrições. “A mulher começa sentir uma dificuldade ao dirigir quando a barriga está muito grande, o cinto atrapalha e também as pernas permanecem inchadas, impedindo que a gestante permaneça numa posição confortável ao volante”, explica o Dr. Domingos.
A gestante precisa manter o bom senso. Se ela sente enjoos com frequência para evitar acidentes, ela não deve dirigir. “Caso a gestante decida dirigir, ela não pode deixar de colocar o cinto de segurança de três pontos para garantir a sua proteção”, diz o ginecologista.
É importante que a faixa oblíqua esteja ajustada entre as mamas e lateralmente ao útero. A faixa transversal tem que permanecer abaixo do ventre. Desse modo, em caso de um acidente, o bebê estará protegido.
A gestante também tem que ficar atenta à posição do banco. “O ideal é que ela afaste um pouco o banco para manter um espaço entre a barriga e o volante”, sugere o médico.
Outro cuidado é evitar dirigir por longas horas. “Neste caso, a gestante precisa fazer pausas para alongar as pernas e prevenir o inchaço”, recomenda o ginecologista.
Além disso, a gestante não pode tirar o olho do velocímetro. As futuras mamães precisam dirigir um pouco mais devagar para prevenir freadas e reduzir os riscos de acidentes.
E depois que o bebê nascer?
Após o nascimento da criança, os cuidados aos volantes devem ser redobrados. Desde 2010, a lei obriga o uso do equipamento exclusivo para as crianças no banco traseiro. Até um ano de idade, os bebês podem ser transportados no bebê conforto, entre um e quatro anos nas famosas cadeirinhas, quatro a sete anos, em assentos de elevação e menores de dez no banco de trás com o cinto de segurança.
“A mãe deve permanecer a cadeirinha em até 45 graus para evitar que a criança se engasgue. Além disso, o equipamento deve obter um apoio para a cabeça do bebê”, ressalta o Dr. Domingos.
No caso de viagens longas, é importante que um adulto permaneça todo o percurso ao lado da criança para assegurar o seu bem-estar.
Cuidados redobrados:
Confira algumas dicas para não ter problemas ao dirigir:
– Saia de casa para dirigir somente quanto estiver disposta;
– Evite dirigir quando estiver sentindo enjoada;
– Faça trajetos curtos para não sofrer com inchaço nos membros inferiores;
– Se você sentir uma contração quando estiver ao volante, encoste o carro e chame um táxi. Depois, ligue para a sua família.
Fonte: Ginecologista e Obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho – CRM-107997
