Clique e acesse a edição digital

Torcicolo: os bebês também sofrem com essa condição

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
close-up-on-baby-crawling-and-learning-to-walk

Torcicolo: os bebês também sofrem com essa condição

Dor e mobilidade reduzida no pescoço e no corpo… Quem já teve torcicolo em algum momento da vida, provavelmente, conhece bem esses sintomas. Apesar de ser uma condição muito conhecida em adultos, é frequentemente encontrada em bebês, o que chamamos de torcicolo congênito.

Quando existe um olhar atento a cada fase do desenvolvimento do bebê, muitos pais e mães são guiados ao meu consultório, com queixas de falta de mobilidade, preferência postural e atrasos motores. Esta é uma condição que chama atenção, já que acomete grande porcentagem dos bebês e emite importantes sinais de alerta.

Estes sinais são: permanência ou preferência do pescoço para um lado; intolerância postural, seja nos bruços ou lateralidade; preferência por uma mama na hora das mamadas e demais dificuldades na amamentação; sucção que machuca o seio; ausência ou dificuldade de mobilidade corporal; inatividade e atrasos no desenvolvimento, dentre outras.

É necessário entender que muitas vezes o torcicolo congênito não está aparente no pescoço. Isso mesmo. O bebê com TC está em um vetor de força espiral, fazendo com que muitas vezes a entorse (torção) esteja em outros grupos musculares de seu corpinho, como nos tornozelos e quadris, ombros e tronco.

Muitas articulações e musculaturas podem estar acometidas pela alteração “postural”, deixando o corpo em desequilíbrio. Por isso, os bebês com TC desenvolvem, pelos mesmos bloqueios, assimetrias cranianas, atrasos de desenvolvimento e demais questões que necessitam de intervenção. Além disso, o torcicolo é capaz de desviar a simetria dos olhos, da mandíbula, alterar mastigação etc. A boa notícia é que há tratamento.

É necessário destacar que essa situação não se reverte sozinha e não passa conforme a criança cresce. Pelo contrário, esta é uma condição que precisa de tratamento, feito por fisioterapeuta especializado, realizando o reposicionamento de musculaturas e estruturas, tirando o corpo do bebê da torção e devolvendo sua função.

Se não tratado, o torcicolo pode levar a alterações severas como escolioses, por exemplo.

Também leva o corpo todo a utilizar compensações e desvios posturais para manutenção da função motora. Ou seja, o bebê cresce fazendo “gambiarras” motoras em seu desenvolvimento, gerando compensações tão profundas que muitas vezes passamos uma vida inteira cuidando de cada uma delas. É aparelho e placas nos dentes, palmilha nos pés, tratamentos posturais, analgésicos, entre tantas outras coisas que deixaria essa lista aqui extensa.

Por isso, a dica é estar sempre atento ao bebê e seu desenvolvimento. A qualquer percepção diferente da normalidade, é necessário procurar ajuda especializada. Quanto mais cedo tratar, mas fácil será a reversão desse quadro.

Dra. Lígia Conte

Fisioterapeuta especializada em desenvolvimento motor infantil e reabilitação neurofuncional @desenvolvecrianca

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!