A plagiocefalia, conhecida popularmente como “cabeça chata”, é uma condição craniana em que há assimetria no formato da cabeça de um bebê. Geralmente, isso ocorre devido à pressão contínua em uma área específica do crânio, muitas vezes enquanto ele está deitado de barriga para cima por longos períodos. Embora a plagiocefalia possa parecer uma condição puramente estética, tratar essa condição o mais cedo possível é determinante por algumas razões.
No nascimento, o crânio é composto por ossos que ainda não se fundiram totalmente, permitindo flexibilidade e espaço para o crescimento do cérebro. Essa condição de maior flexibilidade pode ser usada como aliada do profissional, com a finalidade de estimular o crescimento simétrico do crânio. Já que ao longo dos primeiros meses, esses ossos começam a se fundir gradualmente, acompanhando o rápido crescimento cerebral, diminuindo a possibilidade de resposta rápida ou mesmo ajuste da assimetria.
O controle da cabeça também se desenvolve, começando com movimentos descoordenados e progredindo para a capacidade de sustentar a cabeça por conta própria. A interação entre os músculos do pescoço e a maturação do sistema nervoso central desempenham um papel fundamental nesse processo. Estimular o bebê a praticar movimentos da cabeça e fornecer oportunidades para a exploração segura são importantes para promover um desenvolvimento craniano saudável.
Outra razão pela qual é importante tratar a plagiocefalia precocemente é o impacto que a condição pode ter na autoestima e no bem-estar emocional da criança no futuro. Uma cabeça assimétrica pode levar a problemas de autoimagem e autoconfiança à medida que a criança cresce e se torna mais consciente de sua aparência.
Algumas pesquisas mostraram uma relação entre plagiocefalia e o atraso na fala. Alguns profissionais fazem outras associações entre a assimetria craniana com outros transtornos neuromotores, como atraso motor, problemas de audição, visão e mastigação, no entanto não existem estudos ou evidências que suportem essas associações.
Felizmente, existem várias opções de tratamento disponíveis para a plagiocefalia, incluindo terapia de posicionamento, capacetes cranianos, osteopatia, fisioterapia e exercícios específicos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores serão os resultados. A terapia de posicionamento, por exemplo, envolve simplesmente mudar a posição do bebê enquanto ele dorme e enquanto está acordado, para aliviar a pressão sobre a área afetada da cabeça. Quando iniciado precocemente, esse tipo de terapia pode ser altamente eficaz na correção da plagiocefalia.
Em resumo, tratar a plagiocefalia o mais cedo possível é fundamental para garantir o desenvolvimento saudável da criança e prevenir complicações futuras. Os pais devem estar atentos aos sinais de plagiocefalia e procurar orientação adequada assim que possível para garantir o melhor resultado possível para seus filhos.