Me chamo Vanny Santos tenho 31 anos, sou gaúcha morando atualmente em Garopaba SC. Sou empreendedora, influenciadora e mãe da joia rara chamada Mario Neto. Um garoto incrível que tem 9 anos de idade, e tem acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo.
A maternidade é, sem dúvidas, uma jornada única para cada mãe, mas quando falamos sobre a maternidade atípica, ela ganha nuances ainda mais profundas e transformadoras.
Neto ter acondroplasia me fez aprender, crescer e enxergar o mundo por uma nova perspectiva.
No início, confesso que o medo e a incerteza me acompanharam. Eu me perguntava como seria a vida dele, quais seriam os desafios e, acima de tudo, como eu poderia ser a mãe que ele precisava. No entanto, à medida que o tempo passou, percebi que o amor tem uma capacidade incrível de transpor qualquer barreira. Ele me ensinou a não ver limitações, mas sim possibilidades.
A acondroplasia trouxe à nossa vida alguns desafios que eu não esperava. Consultas médicas mais frequentes, muitas internações, adaptações em casa e na escola foram apenas algumas das mudanças práticas que enfrentamos. No entanto, o maior aprendizado foi emocional: como lidar com o preconceito, como ser uma voz ativa pela inclusão e como ensinar meu filho a ter orgulho de quem ele é, a se amar do seu jeitinho.
A maternidade atípica me mostrou que cada conquista, por menor que pareça aos olhos de outros, é uma grande vitória. A primeira vez que ele andou, a coragem de enfrentar olhares curiosos na rua, as amizades que ele constrói… Tudo isso tem um peso especial, porque cada momento é um testemunho da força e da resiliência dele.
Ser mãe de uma criança com acondroplasia me transformou em uma pessoa mais forte, mais empática e mais consciente. É um aprendizado diário, mas acima de tudo, é uma jornada cheia de amor. Meu filho não é definido pela condição dele.
Neto é curioso, inteligente, carismático e tem uma luz que ilumina todos ao seu redor.
A maternidade atípica me mostrou que a diferença não é algo a ser temido, mas celebrado. E, mais do que ensinar meu filho, percebo que ele tem muito a me ensinar sobre superação, coragem e, principalmente, sobre o amor incondicional.
As pessoas muitas vezes me perguntam como consigo levar a maternidade atípica com tanta leveza. A verdade é que essa leveza vem de uma perspectiva construída ao longo de uma jornada cheia de incertezas e superações. Durante a gestação, recebi três diagnósticos diferentes sobre meu filho, e uma delas inclusive que ele não seria compatível a vida.
Foram meses de ansiedade, medo e orações, em que cada exame trazia mais dúvidas do que respostas.
Quando finalmente descobri que ele tinha acondroplasia, senti, de certa forma, um alívio. É claro que a notícia veio com desafios, mas, diante de tudo que havíamos enfrentado até ali, perceber que ele teria a chance de viver e ser saudável fez com que a acondroplasia se tornasse apenas um detalhe.
Desde então, adotei uma postura de gratidão. Meu filho é um presente e me ensina todos os dias sobre força, resiliência e alegria. Sim, temos os desafios típicos de uma maternidade atípica, mas nenhum desses obstáculos diminui o amor que sinto por ele ou a admiração pela pessoa incrível que ele é.
Levo tudo com leveza porque escolhi focar no que importa: ele está aqui, é cheio de vida, sonhos e possibilidades. E isso é tudo que uma mãe pode desejar. A acondroplasia não o define, assim como as dificuldades que enfrentamos não definem a nossa história. O que nos define é o amor, a união e a certeza de que cada conquista dele é motivo para celebrar.
Talvez o segredo seja esse: olhar para a vida pelo prisma da gratidão. Quando enfrentamos o pior cenário e saímos dele mais fortes, aprendemos que o que realmente importa não são os rótulos ou os diagnósticos, mas sim o que fazemos com a oportunidade de estar aqui, vivendo e amando intensamente.