Clique e acesse a edição digital

Vamos sair? E o bebê?

Tempo de Leitura: 5 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Há que estabelecer estratégias pois um filho não deverá ser impedimento para os pais fazerem aquilo de que gostam.

Após o nascimento do bebê, os novos papais mudam as suas rotinas uma vez que passam a dedicar muito tempo ao seu filho.

Deixam de praticar determinadas atividades realizadas até então e passam a sociabilizar muito menos.

Há que estabelecer estratégias pois um filho não deverá ser impedimento para os pais fazerem aquilo de que gostam.

Catarina Leal, psicóloga clínica

É natural que, após a maternidade, os pais queiram apenas estar com o seu filho para o poderem mimar e cuidar, contudo, não se devem esquecer que existem outras pessoas à sua volta, como familiares e amigos, com os quais se devem continuar a relacionar.

A determinada altura, os pais poderão e deverão fazer programas fora de casa, tanto com o bebê como sem ele, programas esses que poderão ser realizados tanto durante o dia como à noite.

No caso do bebê não poder acompanhar os pais, estes terão que ponderar com quem deixar a criança, e confiar nessa pessoa. Inicialmente, e na maioria dos casos, os pais optam pelos avós da criança, uma vez que se sentirão mais seguros.

Sair ou não? Eis a questão

Chega uma determinada fase em que os pais manifestam vontade em voltar a sair à noite, o que gera algum conflito interior. Os pais sentem-se divididos entre o sair e o ficar em casa, pois, se por um lado não se sentem preparados para se afastarem do bebê, por outro temem deixá-lo ao cuidado de outra pessoa.

Quando tomam a decisão de sair, defrontam-se com outra problemática. Por norma, os avós são a escolha para ficarem com o bebê. Mas será que eles aceitarão? Se há muitos avós que estão desejosos por passar mais tempo com os seus netos, independentemente do motivo, há outros que não aceitam o fato de terem que ficar com o bebê para que os pais façam saídas noturnas.

Para estes avós, os pais jamais deveriam deixar o seu filho para se irem divertir, o que é errado. Aqui terá que haver um diálogo entre todas as partes e deverá ser explicado aos avós a necessidade de se continuar a sociabilizar com outras pessoas e continuar a sair. Mas como é lógico, as saídas terão que ser comedidas. Os pais não se devem descuidar das suas funções de pais.

Preparar a separação

Há muitos pais, sobretudo mães, que se sentem muito ansiosos e angustiados por se separarem do seu filho, como tal, tomam a opção de não sair. É após o nascimento que a relação mãe-filho se intensifica. Contudo, a partir de determinada altura, a mãe terá que se preparar para a separação.

Aos 4 meses, o bebê apresenta mecanismos que lhe permitem passar algum tempo sem a mãe, uma vez que já não depende tanto dela. É então nesta fase que os pais podem começar as suas saídas noturnas, iniciando-se um processo de independência, não sendo esta uma tarefa fácil.

Mas esta separação, para os pais, é sinónimo de ansiedade, angústia, stress, medo e até mesmo de culpa. Todavia, apesar da dificuldade da situação e de todos os sentimentos referidos anteriormente, os pais terão que lutar para ultrapassar tais preocupações e ganhar confiança para começarem a fazer as suas saídas. Estas são extremamente importantes para que os pais se sintam socialmente ativos e servem para recarregar baterias, uma vez que a partir do momento em que o bebê nasceu, o trabalho em casa e as responsabilidades aumentaram.

Estratégias para o início das saídas noturnas

– Antes de mais, devem ser feitas algumas atividades mas de forma gradual, como por exemplo, ir ao supermercado, sem levar o bebê;

– A primeira saída noturna deverá ser calma. Escolha um programa mais tranquilo para que não se sinta tão angustiada;

– É necessário que o bebê fique aos cuidados de alguém. Deve-se escolher uma pessoa de confiança e de preferência com alguma experiência, para que os pais se sintam mais seguros em deixar o seu filho. Por norma, os avós são os escolhidos para serem os cuidadores;

– No caso de terem que deixar o bebê ao cuidado de uma ama, permitam que haja um contacto prévio entre ela e o bebê para que possam estabelecer uma relação;

– Não se iniba de dar diversas indicações sobre os horários e rotinas do seu bebê. Deixe todos os contatos telefónicos com o cuidador, como por exemplo, o do pediatra;

– O afastamento deverá ser lento e gradual. Comece por sair esporadicamente e durante pouco tempo;

– Ao sair, sorria para a criança e não transmita insegurança. Essa insegurança é passada para a criança, que poderá ficar ansiosa perante outras situações de separação ou não se conseguir adaptar a ambientes longe dos pais. Despeça-se, mesmo que isso seja doloroso para si. Assim, a criança não se sentirá “abandonada” e esperará pelo seu regresso.

DESTAQUES

A determinada altura, os pais poderão e deverão fazer programas fora de casa, tanto com o bebê como sem ele.

Aos 4 meses, o bebê apresenta mecanismos que lhe permitem passar algum tempo sem a mãe, uma vez que já não depende tento dela.

As saídas são extremamente importantes para que os pais se sintam socialmente activos e servem para recarregar baterias, uma vez que a partir do momento em que o bebê nasceu, o trabalho em casa e as responsabilidades aumentaram.

Não se iniba de dar diversas indicações sobre os horários e rotinas do seu bebê.

Despeça-se, mesmo que isso seja doloroso para si. Assim, a criança não se sentirá “abandonada” e esperará pelo regresso dos pais.

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!