Clique e acesse a edição digital

Mononucleose, a doença do beijo. Já ouviu falar?

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
pirulito-de-beijo-de-casal

A Mononucleose, popularmente conhecida como “Doença do Beijo”, é causada por um vírus chamado Epstein-Barr. Muito frequente durante a época do carnaval, teve uma grande repercussão recente após a cantora Anitta ter sido infectada pelo vírus.

A sua transmissão se dá através da saliva e por isso carrega esse nome. Mas, apesar do nome, não é apenas através do beijo que trocamos salivas. É comum entre as crianças colocar os brinquedos na boca e logo depois outra criança também colocar o mesmo brinquedo na boca. Temos também através do compartilhamento de copos e talheres.

Então geralmente as pessoas se contaminam durante a infância, sendo os sintomas mais brandos e confundidos com outras faringotonsilites virais. No entanto, quando contaminados na fase adulta, os sintomas são mais intensos.

Estima-se que 90% a 95% dos adultos já tenham sido infectados.

Mas afinal, quais são os sintomas? Dor de garganta, placas brancas aderidas na amígdala, aumento de linfonodos no pescoço, tosse, falta de apetite, febre baixa e cansaço. O cansaço pode durar meses. Em alguns casos pode evoluir com aumento do fígado e do baço e exantemas. O exantema é típico após uso de penicilinas (benzetacil ou amoxicilina), em confusão ao diagnóstico de faringo-amigdalite bacteriana. Interessante ressaltar que o paciente carrega após esse episódio erroneamente como alérgico a penicilina. Ressalvo a importância de ir a um alergista para confirmar a alergia medicamentosa.

O diagnóstico é clínico através dos sinais e sintomas. Exames laboratoriais nem sempre são necessários. Quando realizados, podemos encontrar aumento dos linfócitos e presença de linfócitos atípicos. A ultrassonografia é uma ferramenta para ajudar a avaliar o aumento do fígado e do baço. O exame de sorologia pode auxiliar no diagnóstico e também para identificar se já houve contato prévio com o vírus. Uma vez exposto ao vírus, cria-se imunidade para as próximas infecções.

O tratamento é realizado através de medicações de suporte (anti-inflamatórios e analgésicos), repouso e hidratação.

Acho importante esclarecermos que a mononucleose não é considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível) e não tem relação com promiscuidade. Muitas vezes o diagnóstico dessa doença gera constrangimentos e precisamos ter consciência que é bem mais comum do que imaginamos.

Dra. Mariana Rosa

Médica, graduada pela Faculdade de Medicina de Vassouras – RJ

Otorrinolaringologista pelo Instituto Felippu

• Rinologia – cirurgia funcional do nariz e seios da face

dramarianarosa.orl@gmail.com

@marianag_rosa

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Os primeiros amiguinhos

Antes dos três anos, o interesse da criança é mais voltado para os brinquedos e objetos do que propriamente outra criança. Pode se aproximar, mexer

Leia Mais »

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!