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A família na sala de espera

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Espera, ato ou efeito de esperar, substantivo feminino, sinônimo de aguardo e esperança.

Quem é a família na sala de espera? É a que espera, em salas preenchidas por mães, tomadas pela esperança de um tempo de desenvolvimento para os filhos.

Toda família espera, levando ao futebol, balé, nas inúmeras atividades, mas a família da sala das clínicas, consultórios e sessões de tratamentos, coloca ali naquele momento muito mais que tempo, é um investimento para o futuro.

Na criação dos nossos filhos, invariavelmente vamos passar por salas de espera, levando ao pediatra, consultas de rotina ou algum acompanhamento especial, compartilhamos ali vivências e experiências, dicas desde qual escola ele estuda até o que come ou não, encontros improváveis, sem marcar, mas na sala de espera de quem tem um filho atípico esse encontro é constante, vamos nos ver mais de uma vez por semana, mês a mês, conseguimos sentir quando a criança já chega disposta ou não, criamos vínculos, pela simples troca de olhar, outras vezes verdadeiras amizades e redes de apoio.

A espera, pode contribuir com o surgimento de sentimentos como ansiedade, nervosismo e consequentemente estresse. Ali surgem indagações, será que está sendo suficiente? O meu filho vai evoluir? Está fazendo bem para ele ou não?

Por isso é tão importante incluir o familiar no cuidado, na prestação de informações e na troca, ressignificar esse espaço, também tratar quem cuida.

A figura mais frente nesse espaço, são as mães, mulheres, que se multiplicam em inúmeras tarefas, cuidar da casa e dos filhos. O mais triste é que as estatísticas constatam que muitas vezes, são mães solos, sem companheiros, que ganham pouco, se desdobram para dar o melhor tratamento aos filhos.

Sim, sala de espera também é lugar de pai, pai presente, que supre, que divide, que troca, sabemos que muitas vezes esse pai está se desdobrando para prover à família, mas essa troca muda o cenário da sala de espera, o homem precisa sentir o que a esposa vê e sente.

Quando uma família recebe um diagnóstico, são inúmeros questionamentos que nascem, são dúvidas e ações, mas quem prepara essa família, quem assiste o psicológico de uma mãe e um pai, que precisa aprender sobre desenvolvimento infantil, neurodesenvolvimento e muito mais.

É preciso cuidar de quem cuida, para que outras salas não estejam lotadas de pais e mães, devastados e exaustos por lidar contra o sistema, lutar pela inclusão, contra todo o capacitismo e preconceito.


Colaboradora: Isabella Stutz – Jornalista, criadora do projeto @papoemfamilia, casada, mãe atípica, de dois meninos de 5 e 14 anos, de Nova Friburgo – RJ
canalpapoemfamilia@gmail.com
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