Depois da gestação, é comum o corpo sofrer alterações, que muitas vezes não são para melhor. O seio é um dos principais pontos de mudança, deixando algumas mulheres com vergonha até de seus maridos. Mas não há razão para desespero, as cirurgias corretivas são simples e os resultados muitas vezes satisfatórios.
De acordo com a genética, há um grupo de felizardas que após a gravidez e a amamentação não sofrem alterações nos seios. Outras mulheres têm o peito aumentado – o que podem alegrar algumas e desesperar outras. Por fim, existem aquelas que ficam com os seios menores e muito flácidos. Para resolver esses problemas, há dois tipos de cirurgia – a mamoplastia redutora e a mamoplastia de aumento dos seios. A operação de redução é um pouco mais complexa, como explica o cirurgião Ithamar Stocchero, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional São Paulo, “é retirada uma parte do seio, mas ainda assim, não há o que temer. Trata-se de um processo simples. Eu digo às pacientes que elas correm mais riscos nas ruas do que na mesa de cirurgia, amparadas por especialistas”.
No extremo oposto, a mulher pode ficar com o peito menor e também querer mudar a situação. Neste caso, o médico faz o implante de silicone. “O processo é ainda mais simples que o anterior. Nessa cirurgia, a única parte extraída é a pele excedente” diz o médico. Nos dois processos a mulher recebe anestesia geral.
Ao contrário do que acontece com outros tipos de cirurgia estética, nestes procedimentos não houve muita evolução. O que ocorre é que as cicatrizes são cada vez menores. Muitos médicos optam por efetuar o corte na auréola do seio, onde a marca é quase imperceptível. Já Stocchero prefere realizar a cirurgia com o corte nas laterais. Segundo ele, embora a cicatriz fique um pouco maior, o resultado estético da mama é muito melhor. Mesmo tendo passado por qualquer uma dessas cirurgias, a mulher poderá ter outros filhos normalmente, mas a que teve a mama aumentada após a primeira gestação corre o risco de passar pelo mesmo problema em uma nova gravidez.
O indicado é controlar o peso, aplicar cremes específicos e, se não ficar satisfeita com o resultado, se submeter a uma nova cirurgia ou, como é mais comum, só passar pelo processo cirúrgico após decidir não ter mais filhos. Já a que colocou silicone porque o peito diminuiu numa gestação não terá muita alteração em uma nova gravidez, porque a prótese não sofre mudanças.
No entanto, é comum a pergunta: o silicone interfere na amamentação? A resposta é não.
Quem garante é a presidente do departamento de aleitamento materno da sociedade paulista de pediatria, Keko Teruya. A médica diz que o silicone não tem qualquer influência no leite materno – nem na qualidade, nem na quantidade – e cita como exemplo a atriz Luiza Thomé, que, depois de colocar silicone nos seios, foi mãe de gêmeos e amamentou os bebês normalmente.
“Amamentar é um ato de amor que aproxima a mãe do filho. Quando alimentada com mamadeira, a criança volta os olhos para o mundo, quando alimentada com o seio, a criança fixa o olhar nos olhos de quem a alimenta”, finaliza a especialista.