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Julho, mês de férias

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Merecidas férias dos estudantes, nem sempre podem ser compartilhadas pelos adultos. Iniciam-se as férias das professoras e começam então os dias de trabalho extra para pais, avós, ajudantes do lar, todos com a responsabilidade de entreter a molecada em período integral.

Se não há como viajar, agora é a melhor hora de resgatar atividades familiares. Passeios, caminhadas, uma ida até o parque mais próximo nos permite tempo único, de mãos dadas, riso solto e cansaço físico.

Promova uma sessão se cinema nostalgia, mostrando aos filhos o que havia de mais empolgante nos filmes de sua época. Aposto que o programa vai gerar polêmica, e se eles disserem que Caça-Fantasmas era ridículo, faça-os chorar com ET!

Brincadeiras culinárias também combinam com férias, afinal, um bolo no meio da tarde agrada a todos e com a participação dos pequenos fica tudo mais animado. Aprender a quebrar ovos, mexer com farinha, lamber colheres com restinho de recheio, decorar e se lambuzar, é tão marcante quanto ganhar um presente. Viagens curtas, rever familiares distantes, respirar um ar diferente, comer comida com outro tempero, nos faz mais abertos a respeitar as diferenças.

Jogos são uma ótima pedida. Os jogos de tabuleiro promovem a competitividade, aliada a diversão, permitindo ainda o olho no olho, as sensações táteis de manusear cartas, dados, pinos, a habilidade de desvendar regras, e a pausa para os petiscos.

Jogos de vídeo-game são também aliados na missão de divertir e não podemos nos iludir, também estimulam a coordenação, a interpretação de regras e a competitividade. Tão criticado pelo uso excessivo, o jogo virtual não traz malefícios desde que exista a moderação na carga horária dedicada a ele e o acompanhamento dos pais para a seleção de jogos inteligentes que estimulem a criação, a resolução de mistérios, à paciência da repetição até que se consiga passar de fase.

Férias é tempo de álbum de figurinhas, gibis, almanaques de atividades. Tempo de renovar a caixa de lápis de cor, o guache, comprar um pacote de folhas e promover uma galeria de obras expostas na parede, enaltecendo o talento de seus pequenos artistas. E tão desejadas quanto perfeitas, as viagens de férias são como uma vitamina, reparadora, estimulante e necessária.

Viagens pedem planejamento, o que envolve a todos em preparativos já curadores, que vão de reciclar as roupas, renovando guarda roupas, a limpeza de armários, malas, e organização de espaços, afinal, a gente leva conosco o que há de melhor, mais novo, mais bonito e confortável.

Férias pedem controle financeiro, a curto e longo prazo. Economia das pequenas e grandes despesas, e se os filhos oferecerem, aceite a colaboração de seus cofrinhos ao fundo de reserva. Terá seu valor. Além disso, as férias familiares são exercício de democracia, onde escolhas de destinos, decisão sobre passeios, promovem a discussão do que é interesse de um e benefício de todos.

Como se vê, férias existem mesmo para nosso crescimento, uma pausa, uma oportunidade de revermos nosso cotidiano, abrindo-o a novas possibilidades, novas atividades, ajustando dentro dos compromissos uma ou outra mudança que fará de nossas horas livres, ou de nossos próximos finais de semana, pequenas férias emocionais, recheadas de contato, da experimentação e da convivência em família. Que venha essa e as próximas férias, e que entre elas, possamos encontrar muitas mini-férias em nossas vidas para um fôlego novo de sobrevivência.

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