“Antes de iniciar a prática de exercício, é importante passar por uma avaliação física completa com exames bioquímicos que verificam a presença de risco cardiovascular. Dependendo do quadro clínico, idade e a existência de agentes desencadeantes para a doença arterial coronariana, o próximo passo é a realização de ecodoppler de estresse ou teste ergométrico”, explica dr. Paulo Moreira, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Regional Marília.
Não existe limite de idade para iniciar a prática de exercícios regulares, de intensidade leve a moderada. Para calcular a intensidade do exercício aeróbio é necessário o uso de fórmulas ou se nortear pelo teste ergométrico. A associação de programa aeróbio leve-moderado com programa de exercícios resistidos com baixa carga, duas ou três vezes por semana, se mostra mais eficaz no controle de fatores de risco metabólico e não são danosos à saúde cardiovascular.
“O indivíduo deve realizar atividades que sejam prazerosas a ponto de manter a prática regular. A caminhada, por exemplo, é uma atividade aeróbia fácil de seguir, dependendo apenas de roupas adequadas e de um bom tênis, mas outras atividades também são bem-vindas”, comenta o prof. dr. Paulo Henrique Waib, responsável pelo Centro de Pesquisas em Hipertensão e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Marília.
Adultos jovens que praticam exercícios de alto nível ou até profissional; aqueles partir dos 35 anos, especialmente se não havia prática prévia de atividade, com atenção especial após os 60 anos, fazem parte do grupo que precisa de orientação médica prévia.
Portadores de doença coronariana ou cardíaca ou com suspeita destas patologias devem procurar um cardiologista. Em casos que existe histórico de risco cardiovascular, o indivíduo deve fazer uma avaliação clínica anual, no mínimo. Em casos comprovados, além da avaliação inicial pré-atividade, a cada três ou quatro meses podem ser solicitados exames complementares.
Benefícios da alimentação
Comer muitas verduras, legumes, frutas, carnes magras e pequenas porções diárias de arroz com feijão contemplam uma dieta ideal para a saúde cardiovascular. Com nutrientes bem variados e que se complementam, um prato que contenha pelo menos cinco cores, e de acordo com a pirâmide alimentar, é saudável, rico em vitaminas e forma uma refeição completa.
O cálculo da quantidade de calorias diárias necessárias deve se adequar ao gasto calórico com exercícios, à massa corporal atual e àquela que pretende atingir.
Em pacientes hipertensos, por exemplo, a atenção com o sal deve ser redobrada, assim como os portadores de dislipidemias, e devem evitar o consumo de gorduras saturadas e trans, responsável pela gordura abdominal, fator para evolução do diabetes, insuficiência cardíaca, angina e dor no peito.
Acontece Comunicação e Notícias
Kelly Silva ou Brunna Soares
(11) 3873.6083 / 3871.2331