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A importância da Terapia Ocupacional na vida de pessoas com autismo

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A Terapia Ocupacional é uma profissão que busca promover a autonomia e a independência nas ocupações, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.

As ocupações são, basicamente, todas as atividades que desempenhamos no nosso cotidiano, como: escovar os dentes, pentear o cabelo, alimentar-se, realizar a higiene pessoal, preparar refeições, gerenciar a própria saúde e o lar, brincar, trabalhar, ter momentos de lazer, além de descansar, dormir e participar de atividades sociais e educacionais. Também incluem fazer compras, cuidar dos animais, entre muitas outras.

Quando pensamos no Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa prática torna-se ainda mais essencial, pois o autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico sem cura, mas com a intervenção precoce adequada, é possível alcançar um prognóstico mais favorável.

Dentre as principais características do TEA estão a dificuldade de comunicação, a participação social limitada, e a presença de padrões de comportamento repetitivos e restritos, como fala repetitiva, girar objetos, alinhar brinquedos, interesses restritos e rigidez de pensamento.

Além disso, também são comuns as estereotipias, o baixo tônus muscular e a hiper ou hiporresposta a estímulos sensoriais. Esses sintomas devem estar presentes desde a infância, mesmo que possam ser menos perceptíveis nos primeiros meses de vida. É necessário também excluir a presença de outros transtornos, síndromes ou doenças, e verificar se há prejuízo na funcionalidade do paciente em diversos ambientes.

Assim, para indivíduos dentro do espectro, a Terapia Ocupacional não é apenas benéfica, mas muitas vezes essencial para que alcancem seu potencial máximo e participem de maneira significativa na vida cotidiana.

Um dos principais objetivos da Terapia Ocupacional para crianças e adolescentes com autismo é promover a independência funcional, o que inclui desenvolver habilidades básicas de autocuidado, como vestir-se, alimentar-se e cuidar da higiene pessoal.

Os terapeutas ocupacionais também utilizam uma abordagem específica chamada Integração Sensorial de Ayres, que auxilia pacientes com comorbidade do Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) a processar e organizar as informações sensoriais recebidas do ambiente e do próprio corpo. Além do tratamento em consultório, o terapeuta ocupacional também adapta e prescreve acomodações sensoriais, visando facilitar a autorregulação do paciente.

Os terapeutas ocupacionais atuam além do consultório, oferecendo atendimento domiciliar, escolar e em outros ambientes conforme os objetivos terapêuticos. Eles adaptam o ambiente físico e as ocupações para facilitar a participação desses jovens, levando em consideração suas necessidades sensoriais e comportamentais únicas. Além disso, intervêm para que o paciente, sempre que possível, adquira habilidades e melhore seu desempenho ocupacional. O tratamento com crianças e adolescentes é realizado de forma lúdica, respeitosa e afetiva, em conjunto com a família.

Outro benefício significativo da Terapia Ocupacional é o suporte oferecido às famílias. O sucesso terapêutico depende também da estreita colaboração dos pais e cuidadores. O terapeuta fornece orientações que podem ser aplicadas em casa para reforçar o progresso alcançado durante as sessões de terapia.

À medida que crianças com autismo crescem e transitam para a adolescência, a Terapia Ocupacional continua a desempenhar um papel vital na preparação para a vida adulta. Ela desenvolve atividades para aprimorar habilidades vocacionais, preparando os jovens para enfrentar desafios como encontrar emprego, gerenciar finanças pessoais e viver de forma independente.


Dra. Amanda Silverio Parro
Terapeuta Ocupacional, formada pela Universidade Federal do Paraná. Pós-graduanda em desenvolvimento Infantil e Intervenção precoce: modelo centrado na família.
Atua com abordagem de Integração Sensorial de Ayres ®, contribuindo para que crianças e adolescentes desempenhem suas ocupações, com autonomia e independência.
@to.neuropediatria

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